O ministro da Educação mostrou-se satisfeito com os resultados positivos de Portugal nos testes PISA em ciências, leitura e matemática, mas considerou que o país tem de melhorar nos níveis de retenção escolar.

“Em Portugal mais de 30% dos jovens com 15 anos já apresentam uma retenção no seu percurso escolar e ainda demasiados deles, demasiados de nós, apresentam mais do que uma retenção”, salientou Tiago Brandão Rodrigues.

O governante falava em Sintra, na apresentação do relatório do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA, na sigla em inglês), estudo internacional que avalia os conhecimentos dos alunos de 15 anos em matemática, leitura e ciências.

“Estamos, infelizmente, numa montra em que não queremos estar, em que não nos podemos dar ao luxo de estar: o dos três países da OCDE que apresentam maior taxa de retenção entre as mais de sete dezenas de países ou economias que este relatório analisa, quase triplicando a taxa média da OCDE, que ronda os 13%”, apontou o ministro.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O PISA, promovido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), é coordenado em Portugal pelo IAVE – Instituto de Avaliação Educativa e, no relatório divulgado esta terça-feira, os alunos portugueses conseguiram pela primeira vez resultados “significativamente superiores” à média da OCDE em ciências e leitura.

O principal domínio avaliado nesta edição foi a literacia científica, em que Portugal mais se destacou, ao obter uma classificação de 501 pontos (superando os 459 pontos no ano 2000, 468 em 2003, 474 pontos em 2006, 493 pontos em 2009 e 489 em 2012), numa escala de zero a 1.000.

Além dos 501 pontos em literacia científica, os alunos portugueses conseguiram atingir 498 pontos em leitura e 492 pontos em matemática.

O IAVE sublinhou que Portugal ocupou a 17.ª posição na escala ordenada dos resultados em ciências, quando considerados os países membros da OCDE, e ficou em 18º lugar na avaliação de leitura e em 22º na matemática.