A administração norte-americana aprovou, na quinta-feira, um conjunto de acordos para fornecer helicópteros, aviões e mísseis a quatro dos seus aliados árabes, por um valor superior a 7.000 milhões de dólares.
O maior acordo anunciado foi a venda, à Arábia Saudita, de 48 helicópteros de carga CH-47F Chinook, por 3.510 milhões de dólares. A Boeing e a Honeywell Aerospace serão os adjudicatários destes contratos.
Cerca de 60 cidadãos americanos – empregados do setor privado e do setor público – vão trabalhar na Arábia Saudita na manutenção deste material aéreo.
Além disso, os Emirados Árabes Unidos querem gastar 3.500 milhões de dólares em 27 helicópteros de ataque AH-64E Apache, além do equipamento de apoio, feitos pela Boeing e pela também americana Lockheed Martin.
O Qatar, por sua vez, solicitou oito jatos C-17 e outro material num conjunto de contratos que totalizam 781 milhões de dólares.
Washington também aprovou um contrato para vender a Marrocos 1.200 mísseis antitanque TOW 2A, feitos pelo gigante das armas norte-americano Raytheon, por 108 milhões de dólares.
Apesar de o Departamento de Estado ter aprovado as vendas, depois de ter consultado o Pentágono, o Congresso norte-americano ainda as pode bloquear, em teoria.
Uma vez que todos estes quatro países árabes são aliados dos EUA e grandes clientes do negócio do armamento espera-se que os contratos sejam aprovados, apesar das críticas dos grupos de direitos humanos, que apontam o dedo aos EUA por apoiarem a coligação liderada pela Arábia Saudita contra os rebeldes Huthi no Iémen, que tem sido acusada de matar civis.