Cerca de 3.000 pessoas permanecem no leste de Alepo e aguardam pela sua retirada antes de o Governo sírio assumir o controlo total da cidade após quase seis anos de guerra, referiram ativistas citados pela agência noticiosa AP. O ativista da oposição Ahmad Primo disse esta terça-feira que a próxima coluna de autocarros que vai recolher civis e rebeldes poderá ser a última enviada para essa zona da cidade.

A Observatório sírio dos direitos humanos (OSDH), baseado em Londres, referiu que 60 autocarros entraram no leste de Alepo para transportar os restantes 3.000 combatentes e familiares, que permanecem no último bastião da antiga capital comercial da Síria.

O responsável pelo OSDH, Rami Abdurrahman, referiu que permanece desconhecido o destino de 70 combatentes pró-governamentais feitos prisioneiros pelos rebeldes no decurso dos combates que se prolongaram durante quatro anos no enclave. No entanto, sugeriu que poderão ser entregues ao governo de Damasco no âmbito do acordo destinado a permitir a retirada dos opositores desta cidade do norte do país.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICR) indicou ainda esta terça-feira que cerca de 25.000 pessoas já foram transferidas desde quinta-feira do leste de Alepo para zonas do oeste desta província. O porta-voz do CICR na Síria, Ingy Sedky, que se encontra no terreno em Alepo, referiu que nas últimas horas foram retiradas 14 feridos graves da zona leste, mas confirmou a presença de “milhares, o que implica o prosseguimento do processo”.

Em paralelo, pelo menos 750 pessoas abandonaram as localidades de maioria xiita de Fua e Kefraya, na vizinha província de Idleb, que permanecem cercadas pela Frente da Conquista do Levante, (ex-ramo sírio da Al-Qaida). A ONU informou também esta terça-feira que cerca de 19.500 pessoas foram retiradas do leste de Alepo desde quinta-feira, e 700 de Fua e Kefraya.

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