O avançado argentino Carlos Tevez, que já alinhou pelos ingleses do Manchester United e Manchester City, assinou pelos chineses do Shanghai Shenhua, tornando-se na mais recente estrela internacional a rumar à China, anunciou, esta quinta-feira, o clube. O jogador, de 32 anos, contratado aos argentinos do Boca Juniors, é um “grande reforço” para a frente de ataque da equipa, afirmou o Shenhua através das redes sociais.
“O clube espera que Tevez contribua para jogos mais emocionantes para os adeptos”, lê-se na mensagem, que se refere ao jogador como o “melhor avançado na história da Argentina”.
O Shanghai Shenhua não revelou os valores do negócio, mas a imprensa argentina escreve que Carlos Tevez assinou um contrato de dois anos de 84 milhões de dólares, vinte vezes o seu salário no Boca Juniors.
Em comunicado, o Boca agradeceu a Tevez, que realizava a sua segunda passagem pelo clube, tendo marcado 25 golos em 56 jogos. “Deixaste memórias inesquecíveis” para os adeptos, que vão agora “sonhar com o teu regresso”, escreveu o Boca.
“Vamos trabalhar para te trazer de volta”, acrescentou, dizendo ainda: “Nenhum esforço é demasiado para te ver com a nossa camisola outra vez”.
Depois de realizar exames médicos, Tevez vai-se juntar à equipa chinesa na ilha de Okinawa, no Japão, para o estágio de pré-época. A Superliga chinesa decorre entre março e outubro.
No Shenhua alinha também o antigo médio do FC Porto Fredy Guarín.
O clube é orientado pelo antigo internacional do Uruguai Gus Poyet, que substituiu no mês passado o espanhol Gregorio Manzano, afastado após terminar o campeonato em quarto lugar.
A mais recente transferência milionária para a China foi a do brasileiro Óscar, que deixou o Chelsea para assinar pelo Shangai SIPG, treinado pelo português André Villas-Boas, a troco de 61 milhões de euros.
Só este ano, as 16 equipas que disputam a Superliga chinesa investiram mais de 460 milhões de euros na contratação de jogadores estrangeiros.
Os antigos jogadores do FC Porto Hulk, Jackson Martínez e Fredy Guarín ou Ramires, que já alinhou pelo Benfica, são alguns dos nomes que também rumaram à China desde janeiro.
Encorajados pela visão do Governo de converter a China numa potência futebolística, capaz de competir com as melhores seleções do planeta, os principais grupos privados e estatais estão a investir na modalidade.
Os clubes chineses rivalizam agora com as principais equipas europeias na contratação de jogadores de topo, que têm de decidir entre contratos ‘surreais’ ou alinhar em campeonatos mais competitivos.
O técnico português José Mourinho, atualmente no Manchester United, admitiu na semana passada que o dinheiro que a China oferece é um “atrativo para todos”, mas que prefere trabalhar ao “mais alto nível”.
“Sou demasiado jovem para ir para um sítio como a China. Quero ficar onde é mais difícil ganhar”, afirmou.