A remodelação do primeiro Alfa Pendular, inicialmente prevista para 2016, deverá estar concluída em fevereiro, um adiamento que se deveu à necessidade de implementar novos processos, disse à Lusa a Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF).
Há um ano, quando apresentou a nova geração de comboios Alfa Pendular, o presidente da CP – Comboios de Portugal e da EMEF, Manuel Queiró, afirmou que ainda em 2016 circularia a primeira composição já reabilitada. O plano prevê a remodelação total de dez comboios da frota, num investimento de 18 milhões de euros, mas sofreu um atraso face ao inicialmente previsto, o que é justificado pela necessidade de “rever e criar novas soluções e implementar novos processos”.
Fonte oficial da EMEF adiantou à Lusa que “é um trabalho que nunca tinha sido realizado com este nível de profundidade, envolvendo uma multiplicidade de fornecedores e parceiros, que exige natural adaptação e aperfeiçoamento das soluções idealizadas face às condições reais em que se encontrava o comboio”. A empresa refere ainda que foi necessário “rever e criar novas soluções e implementar novos processos que naturalmente, neste primeiro comboio, alargaram ligeiramente o prazo inicialmente previsto”.
“O primeiro comboio Alfa Pendular que está na oficina do Entroncamento está a servir como uma espécie de protótipo onde estão a ser implementadas as operações implícitas à remodelação proposta que foi apresentada publicamente – renovando o interior e exterior de comboio — e à manutenção de meia vida”, adiantou a empresa do grupo CP.
De acordo com a empresa que está a realizar a renovação dos comboios, a previsão atual é que a intervenção na primeira composição “esteja terminada no próximo mês de fevereiro, a que se seguirá uma pequena fase de ensaios e testes, de modo a ser colocada em circulação com melhores condições de conforto e segurança”.
Na apresentação do plano, Manuel Queiró disse que o projeto de remodelação dos dez comboios vai desenvolver-se ao longo de três anos e acrescentou que o retorno deste investimento vai ser realizado ao longo da segunda vida deste material, à volta de 15 a 20 anos.
O responsável disse então que o projeto vai contribuir para o aumento de passageiros e de serviços e adiantou que “o próprio reforço da frota será algo que se seguirá a esta ação”.