A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, garantiu que iria advogar a saída da França da União Europeia (UE) se Bruxelas não concordar com a devolução aos Estados dos poderes de controlo da imigração e política económica.
A candidata presidencial já prometeu que, se for eleita em maio, irá abandonar o euro e realizar um referendo ao estilo do organizado no Reino Unido sobre a presença na UE. Recentemente, porém, afirmou que uma “moeda comum” poderia coexistir com uma moeda nacional.
Durante um encontro com jornalistas estrangeiros, a líder da Frente Nacional insistiu que “não tinha mudado de ideias”. Se ganhar as eleições de 7 de maio deste ano, prometeu que iria abrir negociações imediatamente com a UE sobre a restauração de “quatro tipos fundamentais de soberania: territorial, económica, monetária e legislativa”.
As discussões, adiantou, deveriam focar-se nas suas exigências para o regresso das fronteiras dentro da UE, o fim da primazia da legislação comunitária sobre a nacional e o direito da França de sair do euro e adotar uma política de “patriotismo económico”.
Seis meses depois iria colocar o resultado das negociações a um referendo sobre a saída ou permanência da França na UE. “Ou consigo garantir o retorno destas quatro soberanias e aconselho os franceses a permanecerem na nova Europa das nações, ou não o consigo e então aconselho a que saiam da UE”, declarou