Numa cerimónia onde Adele varreu os prémios e onde Drake foi a ausência mais notada (o artista está em digressão e esta noite esteve por Manchester), houve seis momentos que vão ficar para a História dos Grammy. Contamos-lhe o essencial do que aconteceu na cerimónia da música norte-americana em seis histórias e 57 imagens.
Bowie ganhou todos os prémios para que estava nomeado
Melhor performance rock, melhor álbum de música alternativa, melhor álbum composto não clássico e melhor embalagem de álbum. Todos estes prémios pertencem a David Bowie e são precisamente todas as categorias para que o cantor estava nomeado. Os prémios póstumos servem de homenagem, as mesmas que foram feitas também a George Michael e a Prince.
O português que venceu um Grammy
André Allen Anjos é o primeiro português a vencer um Grammy. O prémio foi conquistado na categoria de Melhor Gravação Remix graças ao tema “Tearing me up”, de Bob Moses. “Há dez anos iniciei este projeto no quarto do dormitório e nunca pensei que estaria aqui. Isto é de loucos”, disse já em palco. Esta era a sua segunda nomeação para os Grammy, algo que só conseguiu depois de deixar o Porto para trás rumo aos EUA porque, de acordo com uma entrevista dada ao P3, tentou “vingar na indústria musical em Portugal, mas as suas tentativas nunca deram resultados, pelo menos a curto prazo, por isso não hesitou quando teve a oportunidade de continuar os seus estudos no estrangeiro”.
A gravidez de Beyoncé em palco
Era uma das atuações mais esperadas da cerimónia. Com uma barriga bem redonda e coberta de dourado com vestes a lembrar uma santa, Beyoncé subiu a palco para fazer uma ode à maternidade. Introduzida pela própria família, a cantora que anunciou recentemente a sua gravidez algumas das músicas mais famosas do álbum “Lemonade”, como “Sandcastle” ou “Love Drought”. Em redor dela, um batalhão de mulheres dançavam a um ritmo que a artista já não consegue e até a rodearam de flores, mesmo ao jeito das fotografias com quem anunciou as boas novas no Instagram. Ao longe, imagens das mulheres da sua família, incluindo da sua filha e da sua mãe.
Uma cerimónia em cuecas
“Stressed Out”, dos Twenty One Pilot, venceu o prémio de Melhor Canção em Duo e deixou toda a gente despida. A banda subiu ao palco de cuecas por um motivo. Quando ainda não eram artistas reconhecidos no panorama musical, assistiram a uma edição dos Grammy de roupa interior. Nesse dia prometeram que, se algum dia ganhassem um daqueles galardões, subiam ao palco exatamente assim: em cuecas. Foi o que aconteceu. Mas a saga da roupa interior não acabou aí: logo a seguir ao intervalo: James Corden apareceu só de boxers jurando que tinha feito a mesma promessa no caso de algum dia apresentar os Grammy. Pelos vistos, foi um homem de palavra.
Adele recomeça: George Michael merece
Para celebrar a vida de George Michael, a organização dos Grammy decidiu chamar Adele ao palco uma vez mais para recordar “Fast Love”, uma canção que fala sobre um amor que os obstáculos só fazem inflamar. Pouco depois de começar a sua atuação, com imagens de George Michael a passar num painel ao fundo do palco, Adele pede para o espetáculo parar. Disse não estar no tom que o cantor merecia e decidiu cantar de novo. À segunda foi de vez: no fim vieram-lhe as lágrimas aos olhos ao receber aplausos de pé. E quando recebeu o prémio de “Canção do Ano” voltou a lamentar o sucedido: “Desculpem se ofendi a alguém pelo mundo fora”.
O atrevimento dos pais de James Corden
James Corden decidiu dizer ao mundo que os pais celebravam naquela mesma noite uns impressionantes 45 anos de casamento. E aproveitou os holofotes para apresentar o casal ao mundo. Só não esperava o que viu a seguir: o pai tinha Heidi Klum ao colo em nome de “um acordo” feito com a mãe do apresentador, que afinal estava em clima romântico com Nick Jonas. O momento arrancou umas gargalhadas pelo público e foi espirituoso o suficiente para ecoar pela comunicação social norte-americana.