O Ministério Público reforçou a equipa que está a investigar o juiz desembargador Rui Rangel, num processo extraído do processo Rota do Atlântico, que decorre no Supremo Tribunal de Justiça. De acordo com o Correio da Manhã, a Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, destacou para o inquérito que envolve o juiz mais dois magistrados do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
De acordo com o mesmo diário, Rui Rangel é suspeito de ter recebido dinheiro do empresário José Veiga, que é arguido no processo Rota do Atlântico por suspeita de crimes de corrupção, fraude fiscal, branqueamento de capitais e tráfico de influência.
No âmbito da mesma investigação, explica o CM, os investigadores descobriram que milhares de euros foram depositados por José Veiga em contas do filho do advogado José Bernardo Santos Martins, que é amigo de Rui Rangel. A suspeita é que o destinatário do dinheiro seria o próprio juiz Rui Rangel.
A 22 de fevereiro, o Ministério Público avançou com um pedido de escusa do juiz Rui Rangel, a quem tinha sido atribuído o recurso de José Sócrates na Operação Marquês. Em comunicado, a Procuradoria confirmava que o requerimento foi feito por “considerar existir motivo sério e grave, adequado a gerar desconfiança sobre a imparcialidade do magistrado judicial”.