O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, esta quarta-feira nomeado para uma das vice-presidências da UEFA, assumiu que esta escolha é um “reconhecimento” da importância do país na modalidade.
“Enquadro a minha função na UEFA representado pela minha própria pessoa, mas acima de tudo na representação de Portugal e o que tem conseguido nas instâncias internacionais. Não só eu, mas a participação de várias pessoas ao mais alto nível nas decisões da UEFA e FIFA. É o reconhecimento de Portugal como um ‘player’ extremamente importante nas definições quanto ao futuro competições e própria organização”, disse, ao site da federação.
Fernando Gomes, que foi escolhido pelo líder da UEFA, o esloveno Aleksander Ceferin, será um dos quatro vice-presidentes do organismo, que secundam um primeiro vice-presidente, o número dois do esloveno, ficando o português com a pasta do relacionamento com os clubes, função que vem desempenhando desde 2015.
“Como presidente do comité de competições de clubes que, como todos nos sabemos, originou a reformulação do formato de competições e acordo para o ciclo 2018-2021. São desafios grandes que vão continuar, numa nova formulação”, explicou.
O dirigente falou na criação de uma empresa em partes iguais com a Associação Europeia de Clubes (ECA): “Neste novo enquadramento também assumirei a responsabilidade de administrar esta nova empresa que vai tratar dos aspetos comerciais das duas competições, Liga dos Campeões e Liga Europa, de uma forma global”.
“É um desafio interessante. Todos sabemos que a Liga dos Campeões é uma competição que gera proveitos fantásticos. Mas é um desafio muito grande relativamente à Liga Europa e a perspetiva de que os clubes terão de criar, nesta competição, as condições de sustentabilidade que necessitam para dar passos qualitativos em frente do ponto de vista da competição”, completou.
Fernando Gomes entende a sua escolha como “um tributo a Portugal” pelo que endereçou agradecimentos a todos os agentes desportivos “que dão um bocadinho de si no sentido de que Portugal tenha cada vez mais afirmação no espeço europeu e mundial de futebol”.
O dirigente, que apoiou a candidatura de Ceferin, nas eleições de 14 de setembro de 2016, para a sucessão ao francês Michel Platini, integra o Comité Executivo da UEFA desde março de 2015, quando foi o líder federativo mais votado, para um mandato de quatro anos, com 48 votos em 54.
Na altura, Gomes, eleito presidente da FPF em 2011, tornou-se no quarto português a integrar o Comité Executivo do organismo, depois de Cazal-Ribeiro, eleito em 1968, Silva Resende, em 1984, e Gilberto Madaíl, em 2007.