A Fundação Calouste Gulbenkian vai adquirir este ano 500 mil euros em obras de arte contemporânea de artistas portugueses e estrangeiros para a Coleção Moderna, revelou esta quinta-feira à agência Lusa a diretora dos museus da instituição, Penelope Curtis.
A responsável participou esta quinta-feira numa visita guiada a duas novas exposições que a entidade acolhe: “Helmut Federle. Matéria Abstrata”, com pintura do artista suíço e cerâmicas da sua coleção privada, e “Emily Wardill. Matt Black and Rat”, da artista britânica residente em Lisboa.
À margem da visita, questionada pela agência Lusa sobre o valor disponível do orçamento deste ano da Fundação Gulbenkian para aquisição de obras de arte contemporânea, Penelope Curtis indicou que estarão disponíveis 500 mil euros.
O valor não foi alterado este ano. É o mesmo desde há cinco anos. Vamos ter 500 mil euros para adquirir obras para a Coleção Moderna”, indicou.
Penelope Curtis disse que a peça de Emily Wardill, agora exposta, será uma das obras a inserir na lista que será apresentada em julho ao comité de avaliação das aquisições, composto por especialistas internos e externos à Gulbenkian.
O comité reúne-se três vezes por ano para avaliar uma lista de obras que depois são selecionadas e adquiridas pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Penelope Curtis sublinhou que, de acordo com a nova programação, feita para um Museu Gulbenkian com duas coleções, a moderna e a do fundador, vão ser realizadas anualmente três “Conversas” entre obras de artistas contemporâneos e peças da coleção Calouste Gulbenkian.
A partir de sexta-feira, ficará patente a mostra “Helmut Federle. Matéria Abstrata”, em diálogo com a cerâmica reunida pelo fundador, Calouste Gulbenkian.
A Fundação Calouste Gulbenkian é uma instituição sem fins lucrativos criada com bens do mecenas arménio Calouste Gulbenkian (1869-1955), legados a Portugal sob a forma de fundação, cujas principais atividades são exercidas em quatro áreas estatutárias: arte, beneficência, educação e ciência.