Miguel Frasquilho vai ser o novo presidente do Conselho de Administração da TAP, confirmou hoje o jornal Expresso, que avança ainda o nome do advogado Lacerda Machado e da líder da Fundação Serralves, Ana Pinho, para vogais.
O semanário refere também que, do lado dos privados, entra um representante dos chineses da HNA, que participa no consórcio Atlantic Gateway através da brasileira Azul e objetiva uma posição de 20% na TAP.
O nome de Miguel Frasquilho, ex-presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) era falado há alguns meses. Já em março, no aniversário da companhia aérea, a Lusa noticiou que o presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, afirmou que esta escolha para presidir ao Conselho de Administração da TAP ainda não estava oficializada, mas garantiu que o responsável é “muito respeitado” pela atual equipa de gestão.
Hoje, o Expresso cita o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, e confirma a escolha.
O semanário refere também que o governante avançou os nomes do advogado Diogo Lacerda Machado e Ana Pinho, presidente do Conselho de Administração da Fundação Serralves e administradora da Oporto British School, para assumirem os cargos de vogais no conselho de administração da TAP.
O Expresso adianta ainda que a assembleia-geral (AG) extraordinária está marcada para 30 de junho, às 16:00.
A 30 de maio, Pedro Marques já tinha afirmado à Lusa que o Conselho de Administração da TAP terá seis elementos indicados pelo Estado, detentor de 50% do capital, e seis elementos escolhidos pelo consórcio Atlantic Gateway, dos empresários Humberto Pedrosa e David Neeleman, com uma participação de 45%, sendo que o presidente nomeado pelo Estado terá voto de qualidade.
Em maio ficou concluída a Oferta Pública de Venda (OPV) de 5% do capital social do grupo aos trabalhadores da TAP, operação em que a procura de ações superou 17,5 vezes a oferta.
A OPV era um dos compromissos assumidos no memorando de entendimento entre o Estado e a Atlantic Gateway, para a reconfiguração do capital social da TAP, passando o Estado a deter 50% do capital, em vez dos 39% negociados pelo Governo anterior.