O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu este domingo que se abra “uma investigação que apure tudo, factos e responsabilidades”, no caso do furto de material de guerra que ocorreu na semana passada nos Paióis de Tancos.
“Primeiro, não haver dúvidas que se deve investigar até ao fim em matéria de factos e responsabilidades”, defendeu o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas no final da inauguração do novo edifício do Hospital de Sant’ana, na Parede (concelho de Cascais).
Na primeira vez que se referiu a este caso, o Presidente da República elencou, além da investigação – que comparou até à do caso da morte de Comandos -, outras três questões que considera prioritárias.
“Segundo, que tem de se prevenir o futuro para que não haja de seis em seis anos furtos destes e com gravidade crescente”, definiu, numa referência a um furto no Carregado (concelho de Alenquer) no final de 2010.
Em terceiro lugar, o chefe de Estado pediu que se investigue se existe alguma ligação entre este furto e outros dois que disse terem acontecido “nos últimos dois anos em países membros da NATO, um deles há poucos meses”, sem especificar a que Estados se referia.
“Foram vários os furtos que parecem ter semelhança com este, tem de se apurar se sim ou se não”, disse.
Por fim, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que, “se no percurso da investigação, que ainda não está no fim, for necessário tomar medidas cautelares”, elas devem ser tomadas, salientando que não se trata de “medidas punitivas”.
“Se for necessário tomar medidas que são meramente destinadas a facilitar a investigação, faz sentido tomá-las”, disse, sem concretizar se se referia às cinco exonerações de comandantes de ramos anunciadas no sábado pelo Chefe de Estado-Maior do Exército.