O Benchmark, um dos fundos de investimento que financiou o unicórnio (empresa avaliada em mais de mil milhões de dólares) não cotado mais valioso do mercado — a Uber — afirmou que a tecnológica pode valer “confortavelmente” mais de 100 mil milhões de dólares (85 mil milhões de euros) nos próximos anos. Atualmente, a startup que liga motoristas particulares a utilizadores pelo mundo todo vale cerca de 68 mil milhões de dólares (57,9 mil milhões de euros).
“Temos imensa confiança nos cerca de dez mil colaboradores da Uber e estamos entusiasmados com aquilo que vão conquistar com aquele que será o novo líder certo”, escreveu a empresa, citada pelo TcehCrunch. No Twitter, o fundo norte-americano escreveu que “apesar da especulação em contrário, o Benchmarck está incrivelmente otimista em relação ao futuro da Uber”.
2/ An Uber accountable to serving its entire ecosystem -riders, drivers & employees- stands to be one of the defining companies of our time.
— Benchmark (@benchmark) August 7, 2017
A intervenção pública do fundo de investimento surgiu após os rumores de que o Benchamrk estaria prestes a vender o seu capital social na Uber ao Softbank numa operação que desceria a avaliação da empresa para 45 mil milhões de dólares. Os rumores surgem numa altura em que ainda não foi revelado quem será o novo presidente da empresa, depois da saída polémica de Travis Kalanick.
A startup tem estado sob pressão mediática desde o início do ano, depois de uma ex-engenheira informática ter denunciado várias situações de assédio sexual e desigualdade de género nos escritórios da empresa, o que levou a que mais ex-colaboradores fizessem outras revelações públicas de situações do género. No centro mediático, esteve o ex-CEO Travis Kalanick, que foi obrigado a sair da liderança da empresa. Apesar de querer voltar à tecnológica, a empresa já esclareceu que Travis não vai fazer parte do “novo capítulo”.
Uber continua na estrada, mas agora prossegue (mesmo) sem Kalanick
Na segunda-feira, o presidente do banco japonês SoftBank confirmou que está interessado em investir na Uber, mas que a operação não é dada como certa. “Estamos interessados em negociar com a Uber, mas também estamos interessados em negociar com a [rival] Lyft, ainda não decidimos de que forma”, afirmou, acrescentando que não sabe qual será o resultado final dessa operação, quer invista numa ou noutra.
Com prejuízos gigantes, a Uber vai conseguir sobreviver a “dar borlas”?
