Em termos de postos de carga, os novos que estão em fase de desenvolvimento são os verdadeiros Ferrari do sector. Porquê? Porque a esmagadora maioria dos automóveis hoje em dia no mercado aceita energia no máximo até 50 kW. Mas sabe-se agora que estão na calha novos equipamentos capazes de enfiar energia eléctrica pela ‘garganta’ de qualquer acumulador a 500 kW – uma brutalidade que despacharia qualquer operação de recarga numa questão de minutos. Já lá vamos.

Há anos, quando os automóveis eléctricos eram já muito caros, mas possuíam motores pouco potentes e baterias pequeninas, em termos de capacidade, podiam ser utilizados durante o dia em condições urbanas, durante cerca de 100 km, para depois serem recarregados lentamente durante a noite.

O problema é que os carros eléctricos têm melhorado, e muito. Ganharam potência e baterias melhores e maiores, o que levou a postos de carga mais rápidos, por serem mais potentes. E temos a Tesla a quem agradecer pela maioria destes avanços, cujos modelos com 600 cv e acumuladores com capacidade de 100 kWh conseguem ser carregados com mais de 100 kW, graças aos seus supercarregadores.

Se os 100 kW da Tesla impressionam pela enorme potência, então o que dizer dos postos de carga ultrapotentes, com 350 kW, que a portuguesa Efacec desenvolveu para os novos veículos do Grupo Volkswagen, a começar já pelo Porsche Mission E, cujas baterias conseguem receber carga de forma mais rápida, sem aquecerem excessivamente e sem se degradarem.

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Portuguesa Efacec empurra Porsche Mission E

E quando todos achávamos que 350 kW era o máximo a que se podia aspirar, pelo menos durante alguns anos, eis que os alemães da Phoenix Contact dão novo salto em frente e prometem para breve um ultracarregador a 500 kW.

Construir o carregador não é um problema, pelo menos tecnicamente. Já o mesmo não acontece com a necessidade de refrigerar os cabos e as tomadas de ligação, obstáculo que os especialistas da Phoenix conseguiram ultrapassar, recorrendo como base ao Combined Charging System, um equipamento standard que facilitará a sua utilização pela maioria dos fabricantes de automóveis e de baterias. Ou seja, estes agora só terão de desenvolver acumuladores capazes de encaixar esta quantidade de energia, o que permitirá recarregar a bateria numa questão de minutos, no mesmo tempo (ou perto disso) em que se atesta o depósito de um veículo a gasolina ou diesel.