A agência de espionagem norte-americana CIA garantiu na quinta-feira que já foram tornados públicos, na íntegra, mais de 69 mil dos 87 mil documentos relacionados com o assassínio do presidente John F. Kennedy.
A CIA assegura que nenhum dos 18 mil registos vai ser mantido secreto na totalidade e que as partes editadas — ou escurecidas — destes documentos representam menos de 1% da informação total da CIA contida nesta documentação.
A agência justificou as edições da informação com a necessidade de proteger informação que, se fosse divulgada, prejudicaria a segurança dos EUA.
As edições, ainda segundo a agência, esconderam os nomes de ativos da CIA e de atuais e antigos agentes, bem como métodos da sua atuação e parcerias, que continuam a ser úteis para proteger a segurança dos EUA.
Pedidos para manter secretos centenas de documentos relacionados com o assassínio do presidente norte-americano John F. Kennedy, na sua maioria da CIA e do FBI, limitaram a 2.800 os que foram divulgados na quinta-feira.
A informação foi adiantada por dirigentes do governo norte-americano que mencionaram apelos de última hora da agência de espionagem e da polícia federal dos EUA atendidos pelo presidente, Donald Trump.
Esta coleção de documentos, que deveria ter sido divulgada integralmente agora, inclui mais de 3.100 documentos, que compreendem centenas de milhares de páginas, que nunca foram vistos pelo público.
Uma lei de 1992, assinada pelo ex-presidente George H. W. Bush, determina que todos os registos governamentais relacionados com o assassínio de Kennedy, ocorrido em 22 de novembro de 1963, sejam “revelados publicamente na sua totalidade” dentro de 25 anos. O prazo acabou na quinta-feira.
Os documentos que não foram revelados agora vão estar sob apreciação durante mais seis meses.