A Assembleia-Geral (AG) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vai discutir e votar, na segunda-feira, o Relatório e Contas da época 2016/17, que apresenta um lucro de 3,7 milhões de euros (ME).

De acordo com os documentos a que a agência Lusa teve acesso, este resultado positivo, algo que se repete desde 2011, representa um aumento de 22% face a 2015/16, quando alcançou um saldo de 3,092 ME.

Este resultado, bastante superior aos previstos no orçamento (22 mil euros), resulta de 65,9 ME de receitas consolidadas, contra 62,2 ME de custos totais, entre os quais se destacam os quase 14 ME investidos na seleção principal, os quatro milhões de euros na Taça de Portugal e os 2,28 no Campeonato de Portugal.

A direção da FPF pretende aplicar praticamente um quarto do lucro (um ME) para apoio ao futebol não profissional, 900 mil euros para o programa Crescer 2020 [de apoio aos clubes e associações para o aumento dos praticantes] e 700 mil euros para a modernização administrativa dos sócios federativos, além de apoios, de menor monta, noutros projetos como o programa contra os resultados combinados (200 mil euros).

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O terceiro lugar na Taça das Confederações já permitiu à FPF contabilizar 3,34 milhões de receitas provenientes da FIFA (na época anterior eram inferiores a 300 mil euros), sendo que os prémios das presenças em provas continentais baixaram dos 20,1 milhões de euros na época em que a seleção lusa se sagrou campeã europeia para os 11,1 — os proveitos da presença na meia-final e na final do Euro2016 foram contabilizados neste exercício.

Neste capítulo, destaca-se ainda as receitas decorrentes das apostas ‘online’ e do Placard, que aumentaram de 5,53 milhões em 2015/16 para 13,88 em 2016/17.

Igualmente em discussão vai estar o aumento do fundo social da FPF, de 10 para 15 ME, com a incorporação de quase cinco ME de reservas e de 166 mil euros de lucros anteriores.

A AG da FPF está marcada para segunda-feira, a partir das 18:00, na Cidade do Futebol, em Oeiras.