A poupança das famílias portuguesas continua abaixo dos valores registados há um ano, representando no segundo trimestre deste ano 5,2% do rendimento disponível, de acordo com números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo os dados mais recentes do INE, a taxa de poupança das famílias portuguesas (e das sociedades sem fins lucrativos que as apoiam) representou 5,2% do rendimento disponível no ano terminado no segundo trimestre deste ano, abaixo dos 5,5% registados no período homólogo.
De acordo com os números INE, a taxa de poupança mais baixa registada desde o último trimestre de 1999 (primeira entrada da série) é de 5% – um mínimo registado pela primeira vez há dois anos – no segundo trimestre de 2015 – e que se repetiu no primeiro trimestre de 2016.
Desde o final de 2014 que a taxa de poupança das famílias portuguesas está abaixo dos 6% do rendimento disponível, tendo recuperado apenas no terceiro trimestre de 2016.
Estes são valores historicamente baixos, considerando que apenas em 2008 é possível encontrar valores desta grandeza: no segundo e terceiro trimestres desse ano a taxa de poupança era de 5,3% e 5,6%, respetivamente.
Também o Banco de Portugal (BdP) apresenta dados para os níveis de poupança, embora inferiores aos do INE, apontando para uma taxa de poupança dos particulares de 3,8% do rendimento disponível no ano terminado no primeiro trimestre de 2017 (segundo o Boletim Estatístico de outubro, o mais recente).
Este valor fica abaixo da taxa de poupança de 4,3% registada pelo BdP no final de 2016.
Já os depósitos dos particulares nos bancos comerciais, um dos instrumentos de poupança mais comuns, totalizavam 138,2 mil milhões de euros no final de agosto de 2017, uma diminuição de 1,7% face a agosto de 2016.
O Dia Mundial da Poupança celebra-se em 31 de outubro e foi criado em 1924, no I Congresso Internacional de Economia, realizado na cidade italiana de Milão.