O ministro da Saúde afirmou esta sexta-feira que está estabilizado o surto de doença do legionário do hospital CUF Descobertas, afirmando que, a partir de março, o Governo pretende ajudar os hospitais a “apertar a malha” no controlo da bactéria legionela.

Em declarações aos jornalistas após acompanhar o Presidente da República numa visita ao hospital onde ainda estão internados sete doentes que estiveram em contacto com a legionela, Adalberto Campos Fernandes afirmou que o surto entrará agora na fase descendente, tendo atingido o número máximo de casos — quinze.

A partir de março estará em curso um plano, a que todos os hospitais que quiserem podem aderir, com vista a ajudá-los a fazer melhor o que já fazem em “prevenção e deteção precoce” de riscos de contágio com a legionela.

Adalberto Campos Fernandes referiu que o risco nunca será zero, mas é para aí que tem que se dirigir e o plano servirá para “apertar a malha um pouco” e garantir que as instituições de saúde, que já têm os seus próprios mecanismos de controlo, estão “motivadas e orientadas” para as aplicar.

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Apesar de ser privado, o CUF Descobertas já manifestou a vontade de aderir a este plano, acrescentou o ministro, referindo que a legionela pode atacar em qualquer lugar, independentemente “do direito das instituições”.

“O dispositivo de saúde pública funciona”, garantiu, afirmando que pode fazer-se mais, como o Governo defende na proposta de lei para “retomar os mecanismos de prevenção suprimidos em 2014”.

Quanto à explicação para o surto do CUF Descobertas, considerou que seria precipitado avançar com conclusões antes de terminado o trabalho da Inspeção Geral das Atividades da Saúde e da Entidade Reguladora da Saúde na reconstituição do contágio.