O cantor norte-americano R Kelly está a ser acusado de ter abusado sexualmente de uma rapariga desde que ela tinha 14 anos, de a ter tratado como um “animal de estimação sexual” e de manter um culto “abusivo” na sua própria casa.
Um documentário da BBC, que foi transmitido esta semana mas que só está disponível no Reino Unido, resume aquelas que são as acusações de que o cantor é alvo, feitas pela ex-namorada de R Kelly, Kitti Jones, que se refere a uma outra rapariga como tendo também ela sido vítima de abuso.
Kitti Jones, de 34 anos, alega que a determinado momento, durante a relação de dois anos que teve com o cantor, entre 2011 e 2013, ele a apresentou a uma rapariga “que me disse que tinha treinado desde que ela tinha apenas 14 anos”, cita o jornal inglês The Independent.
Mas Jones não fica por aqui. No documentário diz ainda: “Vi que ela estava vestida como eu, dizia coisas que eu diria, e as suas expressões eram como as minhas. Foi aí que eu percebi que ele me tinha aliciado para ser também um dos seus animais de estimação, tal como ele lhes chama”.
A ex-namorada do cantor, que acusa o cantor de a ter forçado a ter relações sexuais com ele e com pelo menos outras 10 mulheres na sua “masmorra de sexo”, alega também que R Kelly fez com a rapariga que lhe foi apresentada “rastejasse no chão até Jones e lhe fizesse sexo oral”. “Ele dizia que ela o seu animal de estimação, que a tinha treinado. E que ela me ia ensinar como devia fazer para estar com ele”, acrescentou Kitti Jones.
O nome do terceiro elemento falado, a tal rapariga, ficou por conhecer até hoje. Tanto o cantor como o seus representantes recusaram qualquer comentário à BBC, ao jornal The Guardian e ao site Pitchfork. Mas anteriormente, R Kelly negou todas as acusações de que é alvo, nomeadamente de ter abusado física, sexual e mentalmente de mulheres. O jornal The Independent tentou também contar o agente do cantor, até agora sem sucesso.
No ano passado, o músico norte-americano Jim DeRogatis falou também de algumas das acusações que recaíam sobre R Kelly, nomeadamente de mulheres mais novas que tinham sido mantidas sob o seu “culto” abusivo. Alguns pais dessas mesmas jovens chegaram também a apresentar queixa, frisa o The Independent. R Kelly é também acusado de ter feito várias “lavagens cerebrais” a estas jovens mulheres para que conseguisse depois controlar aquilo que vestiam ou com quem falavam.