Pedir somas astronómicas por um superdesportivo de luxo, de produção muito restrita e praticamente sem concorrência à altura, é algo a que já nos habituámos. Mas não é este o caso, em que a quantia em causa vai para lá do astronómico, tendo presente o bem a transaccionar: uma matrícula. Isso mesmo! Não uma matrícula qualquer, mas sim uma placa britânica com 113 anos, que tem a particularidade de ter inscrito “F1”. Valerá isso mais de 16,5 milhões de euros?
O dono da dita é Afzal Kahn, o fundador e proprietário das empresas Kahn Design, Project Kahn e Chelsea Truck Company. Afzal acredita que conseguirá vender a tal matrícula por 14,4 milhões de libras, ou seja, mais de 16,5 milhões de euros. Se tal vier mesmo a acontecer – o que duvidamos –, o empresário encaixa na operação… 16 milhões de euros! Era negócio, tendo em conta que Azfal pagou pela placa, em 2008, 440 mil libras (cerca de 504 mil euros, à cotação de hoje). Na altura, a matrícula identificava o Volvo S80 em que se fazia deslocar o então chairman da marca sueca Gerard McEwen.
O que significa que, uma década depois, o homem acha que o investimento que fez – e que foi um recorde à época – lhe permitirá ganhar 1,6 milhões por cada ano passado. Visão de empresário ou excesso de optimismo? Para já, é impossível saber. Sendo certo, porém, que esta não é a primeira vez que Kahn tenta vender a “F1” por valores exorbitantes, sem sucesso. Esta mesma matrícula já terá estado à venda em 2014, mas na altura por “apenas” 10 milhões de libras.
A título de curiosidade, refira-se que a matrícula mais cara de sempre custou 14 milhões de dólares. Foi quanto Saeed Khouri desembolsou num leilão de caridade, para ter uma placa cuja inscrição é, simplesmente, “1”.