Bruno de Carvalho voltou ao ataque. Apesar de criticar a maioria dos jogadores pelo comunicado que subscreveram e publicaram nas nas redes sociais (“os atletas decidiram tratar através dos seus Instagram, aquilo que tinha sido reclamado pelos próprios como devendo ser tratado internamente” e serão mesmo alvos de “processos discplinares“), o presidente do Sporting tem alvos concretos: fala em jogadores que passaram informação à comunicação social, em “manipulação” de alguns elementos do balneário e em “grupos de atletas” que se comportam de forma “sobranceira” e responsabiliza ainda como “grandes mentores de toda esta questão jogadores que, há anos, exigem sair do Clube de todas as maneiras e feitios”.

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Bruno de Carvalho conta ainda os pormenores das reuniões entre presidente, team-manager (André Geraldes), treinador (Jorge Jesus) e jogadores do Sporting, confirmando que houve uma chamada a Mustafá, líder da Juventude Leonina, no decorrer da reunião. “Essa situação [responsabilidade de certos jogadores na crise] ainda foi mais vincada quando, a dada altura, um atleta confrontou o Presidente com o facto – que notoriamente já tinha partilhado com o grupo -, de que o Presidente teria ligado no dia anterior ao líder da Juventude Leonina, pedindo-lhe que batesse nos jogadores, num ato que deixou o Presidente totalmente indignado”, conta Bruno de Carvalho.

O Presidente, recusando este tipo de insinuações, intrigas e manipulações de grupo, que já vêm sendo modus operandi habitual daqueles que, por várias vezes, tentaram desestabilizar o plantel, ligou em frente aos atletas para o líder da referida claque. Não sabendo que estava em alta voz perante toda a equipa, desmentiu categoricamente esse atleta, e os colegas puderam perceber o nível de manipulação a que se chega dentro deste balneário.”

Não houve pedido de desculpas de nenhuma das partes e os jogadores não o exigiram a Bruno de Carvalho, refere ainda o presidente do Sporting: “Não houve nem poderia haver qualquer tentativa por parte dos atletas para que o Presidente se retratasse (…) até porque existe o sentimento e reconhecimento de que, por muito que possa desagradar a alguns, o Presidente coloca e colocará sempre os interesses do Sporting CP acima de tudo. É claro para todos que quem manda no Clube é o Presidente”.

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O Presidente foi claro e reafirmou que no Sporting CP não podemos estar perante grupos de atletas que se queiram comportar de forma sobranceira, e que têm, de uma vez por todas, que se focar na obrigação e missão de conquistar títulos e agradar e fazer felizes os Sócios e Adeptos do Sporting CP. Não podemos compactuar com joguinhos de “bastidores” internos, prejudicando os grupos e com atitudes de “ameaças e pressões” a colegas (…)

Para o presidente do Sporting, a ação de alguns jogadores “tem sempre na sua base a tentativa de esconder insucessos, e promover na opinião pública um novo sentimento de revolta, cujos mentores terão aprendido a fazer, certamente, com as lições que tiveram durante o célebre e triste episódio protagonizado por alguém [Marco Silva] que, com uma agenda própria, tentou, com relativo sucesso, virar os sportinguistas contra o seu Presidente.”

Bruno de Carvalho justificou ainda porque decidiu não avançar com a suspensão dos jogadores para a partida deste domingo dos leões: “O Presidente chegou à conclusão que a suspensão imposta aos atletas, não teria efeito de castigo mas apenas serviria para ser mais uma desculpa para que não pudessem cumprir as suas funções e as obrigações para que são pagos”. Porém, acrescenta, “perante a situação grave que se viveu, com a atitude dos jogadores que acabou por manchar o bom nome do Presidente e do Clube, serão mantidos os processos disciplinares.”

O comunicado, diz Bruno de Carvalho, é feito por uma questão de transparência e para não permitir que os sportinguistas sejam induzidos em erro pela comunicação social. “Se os jornais não continuarem a ser inundados por “fontes” que sabemos bem quem são, iremos remeter-nos, a partir daqui, ao silêncio sobre este assunto. Se assim não for, continuaremos na nossa política de transparência de que os Sócios e Adeptos têm sempre o direito de saber o que se passa dentro da sua casa para que (…) não vivam na opacidade, no obscurantismo e na ignorância”. A transmissão de informação do interior do balneário para a comunicação social foi aliás um dos aspetos mais criticados por Bruno de Carvalho:

Alguém dentro daquelas duas salas [de reuniões], apressou-se (…) a colocar uma série de notícias falsas por todos os jornais. São este tipo de hipocrisias em que se apela publicamente para que os assuntos sejam tratados dentro de casa, para que depois, com recurso a serem “fontes anónimas”, poderem livremente conspurcar uma Comunicação Social que, já por si, inventa todos os dias novas mentiras sobre o Sporting CP – facto que é intolerável – que não podemos nem iremos permitir”, acusa o presidente.

Leia o comunicado na íntegra:

Quando a equipa de futebol regressou de Madrid, os jogadores pediram uma reunião com o Presidente. A mesma ficou de imediato marcada para este domingo, após o jogo com o Paços de Ferreira. Em seguida, foram ter com o treinador abordando o mesmo assunto. A reunião voltou a ser confirmada, com acordo de todos, e contaria também com a presença do treinador e outras pessoas da estrutura do futebol. Para espanto do Presidente, do treinador e demais pessoas da estrutura, e ao arrepio de tudo o que estava combinado entre todos, os atletas decidiram tratar através dos seus Instagram, aquilo que tinha sido reclamado pelos próprios como devendo ser tratado internamente.

Durante o dia de ontem, realizaram-se duas reuniões em que, além do Presidente, estiveram presentes o team-manager, o treinador e os atletas do plantel principal. Coisa estranha, quisemos tratar de tudo em família e dentro de casa, como aliás nos tem sido pedido, e eis que hoje está tudo na praça pública, plantado em todos os jornais, com vários factos deturpados, truncados ou, simplesmente aldrabados. E por isso aqui estamos, outra vez, obrigados a repor a verdade do que se passou.

Na primeira reunião, ficaram claras duas coisas: a total lealdade do treinador perante o Presidente e quem foram os grandes mentores de toda esta questão, de que fazem parte jogadores que, há anos, exigem sair do Clube de todas as maneiras e feitios. Aliás, essa situação ainda foi mais vincada quando, a dada altura, um atleta confrontou o Presidente com o facto – que notóriamente já tinha partilhado com o grupo -, de que o Presidente teria ligado no dia anterior ao líder da Juventude Leonina, pedindo-lhe que batesse nos jogadores, num acto que deixou o Presidente totalmente indignado.

O Presidente, recusando este tipo de insinuações, intrigas e manipulações de grupo, que já vêm sendo modus operandi habitual daqueles que, por várias vezes, tentaram desestabilizar o plantel, ligou em frente aos atletas para o líder da referida claque. Não sabendo que estava em alta voz perante toda a equipa, desmentiu categoricamente esse atleta, e os colegas puderam perceber o nível de manipulação a que se chega dentro deste balneário.

Na referida reunião, a que depois se seguiu outra na Academia, não houve nem poderia haver qualquer tentativa por parte dos atletas para que o Presidente se retratasse, nem dentro do grupo nem publicamente, até porque existe o sentimento e reconhecimento de que, por muito que possa desagradar a alguns, o Presidente coloca e colocará sempre os interesses do Sporting CP acima de tudo. É claro para todos que quem manda no Clube é o Presidente, pelo que, os retratamentos ou não que possa ter necessidade de fazer, acontecerão sempre em actos eleitorais ou AG‘s com os Associados, e nunca por exigência de assalariados ou colaboradores do Clube.

O Presidente foi claro e reafirmou que no Sporting CP não podemos estar perante grupos de atletas que se queiram comportar de forma sobranceira, e que têm, de uma vez por todas, que se focar na obrigação e missão de conquistar títulos e agradar e fazer felizes os Sócios e Adeptos do Sporting CP. Não podemos compactuar com joguinhos de “bastidores” internos, prejudicando os grupos e com atitudes de “ameaças e pressões” a colegas, sobretudo quando já havia uma reunião marcada para hoje, após o jogo, acordada por todos – Presidente, treinador e atletas. Isto tem sempre na sua base a tentativa de esconder insucessos, e promover na opinião pública um novo sentimento de revolta, cujos mentores terão aprendido a fazer, certamente, com as lições que tiveram durante o célebre e triste episódio protagonizado por alguém que, com uma agenda própria, tentou, com relativo sucesso, virar os sportinguistas contra o seu Presidente.

Estamos a fazer este comunicado pois não permitiremos, através do nosso silêncio como fizémos no passado, uma nova situação como a que ficou conhecida no universo sportinguista como “o caso Marco Silva”. Foi, aliás, por gerir esse assunto só “dentro de casa”, que se permitiu a criação de um mito e que se deixou que uma pessoa alimentasse uma “guerra” dos sportinguistas contra o seu Presidente, com constante passagem de informação falsa e deturpada para a Comunicação Social.

O mesmo se pode concluir da leitura das notícias de hoje. Alguém dentro daquelas duas salas, apressou-se, ao estilo do episódio já aqui referido, a colocar uma série de notícias falsas por todos os jornais. São este tipo de hipocrisias em que se apela publicamente para que os assuntos sejam tratados dentro de casa, para que depois, com recurso a serem “fontes anónimas”, poderem livremente conspurcar uma Comunicação Social que, já por si, inventa todos os dias novas mentiras sobre o Sporting CP – facto que é intolerável – que não podemos nem iremos permitir.

Neste Clube, apesar das lições tristes que, há 3 anos, alguns jogadores tiveram, não iremos compactuar com atitudes dissimuladas, manipuladoras e desestabilizadoras, ficando, do nosso lado, em silêncio. Não se pode combater quem luta de forma “suja”, recorrendo ao anonimato para atacar o Presidente e com isso o Clube, sem os desmascarar a cada passo.

Sobre as várias restantes notícias hoje veiculadas, há que salientar alguns aspectos. Desde logo, é totalmente falso que aquelas pessoas a quem os jornais chamam de “VIP‘s” – que para nós são os mais de 3.5 milhões de sportinguistas -, tenham tido qualquer conversa com o Presidente sobre o tema em questão. Aliás, das pessoas referidas e em que constam nomes como José Maria Ricciardi ou José Eduardo, apenas Eduardo Barroso ligou ao Presidente, num gesto de grande elevação como é seu apanágio, com a única preocupação de saber como estava a sua saúde, a da sua esposa e a da filha que está para nascer. Ainda existem muitos, num meio pejado de hipócritas e oportunistas, como por exemplo Paulo Abreu, Carlos Seixas, Menezes Rodrigues, Vítor Ferreira, Isabel Trigo Mira ou Madeira Rodrigues, que nestes momentos sabem demonstrar a sua total confiança e amizade plena.

Também são de salientar os telefonemas do Presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar do Clube, Nuno Silvério Marques, do Presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar da SAD, Rui Moreira Carvalho, e do Presidente da MAG do Clube, Jaime Marta Soares, dando conta da sua total solidariedade. É nestes momentos em que, como diz o povo, conseguimos distinguir o trigo do joio, e conseguimos perceber quem, de forma discreta e directa, demonstra a sua solidariedade, como foram os casos das pessoas já referidas ou de toda a Direcção do Clube e Administração da SAD, dos outros que não resistem aos holofotes da Comunicação Social ou das pressões mediáticas ou no seu meio de “amigos” e, ao invés de deixarem os que por direito, estatutos e regulamentos, podem e devem apagar os fogos que vão existindo de forma natural em todas as instituições, tentando intrometer-se e conseguindo atear ainda mais o fogo de um incêndio que já estava controlado em todas as suas frentes, não respeitando a autonomia de cada órgão e podendo pôr em causa o princípio da lealdade institucional entre órgãos sociais.

No final do dia, todos temos que tirar as nossas lições:

1. O Presidente faz e age como quer e onde quer, sendo que a única coisa que o move é e será sempre a defesa dos superiores interesses do Sporting CP e honrar a confiança dos Sócios que o elegeram;

2. O Presidente não age a mando nem de atletas, nem de treinadores, nem de presidentes ou membros de outros órgãos sociais;

3. O Presidente exigirá sempre, pelas formas que considere adequadas, a excelência, a atitude, o compromisso e o respeito pelas hierarquias e autonomias e, sobretudo, por aqueles que são de facto o maior activo e património do Clube, os seus Sócios e Adeptos;

4. O Presidente chegou à conclusão que a suspensão imposta aos atletas, não teria efeito de castigo mas apenas serviria para ser mais uma desculpa para que não pudessem cumprir as suas funções e as obrigações para que são pagos;

5. Perante a situação grave que se viveu, com a atitude dos jogadores que acabou por manchar o bom nome do Presidente e do Clube, serão mantidos os processos disciplinares;

6. Existem coisas que, mesmo sendo de casa, nunca podem ser ditas ou feitas, pois um Clube e uma SAD podem ser uma família, mas também serão sempre instituições com hierarquias, regras e princípios, e onde uma das normas basilares – além do respeito pelas mesmas -, é e será sempre, pelo menos enquanto esta Direcção e Administração continuarem à frente do Clube e da SAD, o nunca se poder faltar ao respeito aos Sócios e Adeptos. Nem por atitudes, nem por palavras, nem por falta de empenho.

Do nosso lado, se os jornais não continuarem a ser inundados por “fontes” que sabemos bem quem são, iremos remeter-nos, a partir daqui, ao silêncio sobre este assunto. Se assim não for, continuaremos na nossa política de transparência de que os Sócios e Adeptos têm sempre o direito de saber o que se passa dentro da sua casa para que, ao contrário do que aconteceu até 2013, e no já referido episódio acima mencionado, não vivam na opacidade, no obscurantismo e na ignorância.

Dito isto, vimos pedir a todos os Adeptos e Sócios do Sporting CP que continuem, de forma apaixonada e genuína, a serem o 12° Jogador, demonstrando que são de facto os melhores do mundo, sem nunca terem receio de exigir a todos sem excepção, os que servem o Clube e a SAD, que se superem num clima de exigência máxima, que aquele que faz com que, apesar de passarmos décadas sem ser campeões no futebol sénior masculino, vemos a nossa família, a cada dia, crescer de forma exponencial.

É esta paixão e amor incondicionais que devemos continuar a passar aos que nos rodeiam e, sobretudo, exigindo a todos aqueles que são pagos para servir o Clube.

Quanto à Direcção do Clube e da SAD, continuaremos com o mesmo Esforço, Dedicação e Devoção a gerir estas instituições e a lutar pela verdade desportiva, que deve voltar a ser o foco de todos nós. Pois são casos como os vouchers, os e-mails, o E-toupeira ou os jogos para perder que nos podem também afastar do caminho da Glória que traçámos e pela qual trabalhamos diariamente, 24 horas, para conquistar.