Uma lista única para afastar Tomás Correia na liderança da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG). Este é o objetivo comum de elementos derrotados nas últimas eleições que iniciaram conversações para formarem uma alternativa única à atual liderança, avança o jornal Público. Uma opção que pode ainda incluir elementos dissidentes da equipa de Tomás Correia.

As conversações ganharam dimensão nas últimas semanas, conta o jornal, e o plano passa por criar uma frente comum que consiga derrotar o atual presidente nas eleições previstas para dezembro deste ano. Entre os nomes que se perfilam para liderar este movimento estão o antigo trabalhador António Godinho e o ex-ministro António Bagão Félix, que em 2015 avançaram com a proposta “Renovar o Montepio”. A estes junta-se o economista Eugénio Rosa, que se propôs “Defender o mutualismo”, e o reformado Manuel Rogério que representa um grupo de trabalhadores e que também já tinha concorrido ao Conselho Geral com a proposta de uma “banca ética”.

O processo de negociações estará a ser seguido de perto pelo governo, até pelo momento particular que a associação e o banco vivem atualmente. A administração executiva da associação tem estado a funcionar com diferentes sensibilidades dentro da equipa e isso tem gerado dúvidas sobre eventuais divisões e ruturas.

Nas últimas eleições em 2015, recorde-se, Tomás Correia ganhou com 61% dos votos — o correspondente a 57.800 associados entre 630 mil que elegeram o presidente da associação até 2018. Para conseguirem ter o ascendente que lhes faltou na altura, estes potenciais candidatos pretendem formar uma lista o mais abrangente possível. E isso passa por reunir as diferentes tendências, todas alinhadas pela mesma preocupação: travar a degradação financeira do grupo Montepio e garantir as poupanças dos seus associados.

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