Foi um “massacre” o que aconteceu na segunda maior ilha da Suécia, Öland, por volta do século quinto. Os arqueólogos suecos responsáveis pelas escavações no local encontraram vestígios que demonstram que as dezenas de corpos encontrados foram vítimas de um ataque. Cabeças decapitadas e traumatismos foram suficientes para comprovar o que aconteceu. Além disso, “não se encontram pessoas deitadas à volta de casas, afirmou Helena Victor, responsável pela escavação, à BBC.

Segundo o estudo publicado na revista académica Antiquity, apelidado de “Um momento congelado no tempo: provas de um massacre em Sandby borg, no final do século quinto”, o forte de Sandby borg é um “achado arqueológico extremamente rico”. Os autores do estudo afirmam que “ninguém sobreviveu” porque até encontraram um bebé recém-nascido entre as vítimas. No mesmo estudo os investigadores afirmam que os habitantes “não estavam preparados para a batalha”, justificando a utilização do termo massacre para o que aconteceu.

Quanto a quem perpetuou o ataque o estudo não dá uma resposta concreta. Não estando a ilha de Öland sobre o domínio dos império romano, os investigadores afirmam que podem ter sido vítimas de um ataque de Hunos. Ao todo foram já encontrados os restos mortais de 26 pessoas. “Dois dos humanos foram encontrados desmembrados e queimados”, referem os académicos no estudos para demonstrar a extensão do massacre.

À BBC, uma das investigadoras afirma que viviam em Sandby borg “cerca de 200 a 250 pessoas” e que morreram por um ato de traição de um dos aldeões. “Alguém deixou os portões [da fortificação que protegia a aldeia] abertos”, afirma como justificação para as pessoas não se terem defendido.

Os arqueólogos só podem visitar o local durante o verão, devido às condições metereológicas adversas nas outras estações que impossibilitam igualmente as escavações.

As escavações arqueológicas em Sandby borg começaram em 2010, depois de se saber que o local estava a ser saqueado. Ao The Guardian, Ludwig Papmehl-Dufay, outro dos arqueólogos que esteve no terreno, explica que embora não existam relatos históricos sobre o massacre, há relatos que descrevem o local como perigoso.

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