A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, falou esta terça-feira aos jornalistas no arranque da manifestação do 1.º de Maio da CGTP-IN, em Lisboa, momento em que houve alguns encontrões a militantes bloquistas que se encontravam em redor.

Este incidente aconteceu em frente à sede do BE, na Rua da Palma, em Lisboa, onde militantes e apoiantes deste partido se concentraram antes da manifestação da CGTP começar, com uma faixa onde se lia: “40 anos de descontos — Reforma por inteiro. Justiça para quem trabalha. Trabalho para quem precisa”.

Quando a manifestação arrancou, Catarina Martins foi dali a pé até ao início do cortejo para cumprimentar o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, e os dois trocaram algumas palavras, com a comunicação social disposta num círculo à sua volta.

Depois, a coordenadora do BE acabou por falar ali mesmo aos jornalistas sobre o Dia do Trabalhador, com Arménio Carlos atrás de si, travando por um ou dois minutos o avanço do desfile.

“Com precariedade não há democracia, não há valorização salarial. Respeitar quem trabalha é garantir um vínculo permanente a todas as pessoas que ocupam um posto de trabalho permanente”, afirmou Catarina Martins, concluindo as declarações já em movimento.

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Segundo os relatos à agência Lusa, foi nesta altura que, nas costas da comunicação social, na ala direita do cortejo, dois ou três membros da organização afastaram com encontrões militantes e apoiantes do BE que estavam naquele lado da estrada.

A agência Lusa testemunhou a reação da militante do BE Julieta Rocha, que foi quem mais se exaltou com a situação, dirigindo-se para um dos membros da organização e gritando: “Sectário”.

A antiga deputada Helena Pinto também correu indignada em direção de um homem que fazia a segurança do cortejo. As duas foram depois amparadas e acalmadas por outros militantes do BE.