A subsidiária norte-americana do Deutsche Bank está incluída numa lista de bancos com fragilidades suficientemente graves que ameaçam a sua sobrevivência, noticiou esta quinta-feira o The Wall Street Journal citando fontes dos supervisores do país.

Já há cerca de um ano que essa classificação foi atribuída à unidade do banco alemão, segundo o jornal. Tanto a Reserva Federal como o Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) recusaram confirmar a notícia, como é hábito, mas a notícia fez as ações do Deutsche Bank USA caírem 5% na bolsa de Nova Iorque. Mas também os títulos da casa-mãe, Deutsche Bank em Frankfurt, caíram mais de 7% para 9,16 euros, um novo mínimo histórico (descem 42% desde o início do ano).

Deutsche Bank vai despedir sete mil trabalhadores

O Deutsche Bank anunciou recentemente em Frankfurt que prevê despedir pelo menos sete mil trabalhadores, a nível mundial, para enfrentar as dificuldades em que se encontra e tentar controlar os custos. A instituição financeira alemã disse que vai reduzir a força de trabalho de 97 mil pessoas para “bem abaixo” dos 90 mil e que o processo já está em curso. Os despedimentos vão reduzir os custos em pelo menos 800 milhões de euros.

O Deutsche Bank tem vindo a enfrentar problemas relacionados com pagamentos além das questões levantadas pelas entidades reguladoras. O banco tem um novo presidente do conselho de administração desde abril, após três anos de prejuízos. Christian Sewing, o novo CEO do banco, afirmou que o banco vai voltar a focar-se nos clientes europeus e alemães e reduzir as operações de risco. Sewing acrescentou que a instituição mantém os compromissos com as operações de investimento a nível internacional, mas tem de se “concentrar naquilo que realmente sabe fazer”.

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