O Presidente da República foi abordado esta quarta-feira por bolseiros de investigação científica que participavam num protesto contra a precariedade laboral, o qual juntou uma centena de pessoas e disse-lhes que esse “é um filme” que conhece bem.
Em frente ao Centro de Congressos de Lisboa, onde decorre o encontro “Ciência 2018″, os cerca de cem manifestantes formaram duas filas, aguardando a chegada de Marcelo Rebelo de Sousa, mas o chefe de Estado saiu do carro um pouco mais à frente.
[FrameNews src=”https://s.frames.news/cards/contratos-a-termo-a-prazo/?locale=pt-PT&static” width=”300px” id=”80″ slug=”contratos-a-termo-a-prazo” thumbnail-url=”https://s.frames.news/cards/contratos-a-termo-a-prazo/thumbnail?version=1522167086673&locale=pt-PT&publisher=observador.pt” mce-placeholder=”1″]
Alguns deles dirigiram-se então a Marcelo Rebelo de Sousa e abordaram-no quando este caminhava para a entrada do edifício, entregando-lhe documentação sobre a situação como bolseiros de investigação científica em Portugal, enquanto ao fundo os outros manifestantes gritavam “contratos, sim, bolsas não”.
“Boa tarde, senhor Presidente, nós somos bolseiros de investigação científica. Estamos há muitos anos a trabalhar como bolseiros de investigação e merecemos um contrato”, queixaram-se.
Então não sei. Eu sei, eu conheço o problema, como imaginam”, foi a resposta do chefe de Estado, que continuou a andar até à porta do Centro de Congressos de Lisboa.
Numa curta conversa, sempre em andamento, os bolseiros alegaram que “as instituições e a tutela estão a boicotar” a regularização da sua situação e pediram ao Presidente da República que, “dentro da sua magistratura,” tente intervir.
Já no interior do edifício, enquanto subia as escadas, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou: “É um filme que eu conheço bem”.