O exame nacional de Matemática do 12.º ano foi aquele em que houve maior taxa de reprovação, atingindo os 14% de alunos chumbados. Por outro lado, História A, também do 12.º ano, foi a disciplina com pior média nacional nos exames não tendo chegado a um valor positivo — ficou pelo 9,5 valores. Os números são avançados pelo Ministério da Educação que, em comunicado enviado às redações, divulgou os resultados de todas as provas do Ensino Secundário.
Os exames nacionais decorreram entre 18 e 27 de junho para os alunos do 11.º e do 12.º ano, e foram feitos para 22 disciplinas. Em comparação com o ano letivo passado, 10 apresentam piores classificações médias, 10 melhoram e uma ficou igual. Para Português Língua Segunda não há comparação com o ano letivo de 2016/2017.
Matemática e Físico-Química
Depois de um interregno de um ano, Matemática volta a ser a disciplina com maior número de notas negativas. O ano passado, esta disciplina tinha ficado em segundo lugar — com taxa de reprovação na ordem dos 13% — tendo sido ultrapassada pela Físico-Química.
Quanto a médias, as notícias também não são boas. Os valores que vinham a subir ligeiramente (11,2 valores há dois anos e 11,5 em 2017) caem vários pontos percentuais e nos exames de 2018 a média ficou nos 10,9 valores. Com 32401 exames realizados a esta disciplina, significa que mais de 4500 alunos não conseguiram passar a Matemática.
Já a Físico-Química, os alunos mostraram uma grande recuperação: uma subida de 6 pontos na média dos exames que deixa assim de estar em valores negativos (9,9). No entanto, os alunos continuam a estar na linha de água com os 10,6 valores obtidos nesta primeira ronda de exames nacionais.
Em relação ao número de chumbos, a recuperação também é visível. Este ano, embora ainda haja 10% de alunos a ser reprovado no exame, há uma queda significativa em relação aos 14% do ano anterior.
Português, Biologia e Geologia
A Português, que a par com Matemática é a única disciplina que está presente em todos os 12 anos do ensino obrigatório, não houve grandes alterações em relação aos exames nacionais de 2017. A taxa de reprovação situa-se nos mesmos 6% (em 2016 era de 7%) e o valor médio obtido pelos alunos desce um ponto percentual, passando de 11, 1 para 11 valores. Há dois anos, a média encontrava-se nos 10,8.
Esta disciplina continua a ser que apresenta maior número de provas feitas (55 013) e, em valores absolutos, 3300 alunos foram reprovados.
Entre as disciplinas que apresentam maior número de alunos a exame, falta apenas apontar os resultados de Biologia e Geologia. Tal como aconteceu em Físico-Química, também aqui houve uma boa recuperação dos alunos em termos de médias finais. Os valores obtidos nos exames sobem 6 pontos percentuais, de 10,3 para 10,9 valores, o que faz destas disciplinas as que conseguiram maiores subidas entre as que têm mais de 2500 alunos internos.
A taxa de reprovação também melhorou, descendo de 8% (o mesmo valor de 2016) para 6%.
Médias negativas a História A e a História da Cultura e das Artes
Tal como no ano letivo de 2016/2017 só há duas disciplinas onde as médias dos exames são notas negativas. Mas há uma troca. Físico-Química sai da lista negra e entra História A, que teve a pior média do ano, ficando nos 9,5 valores, o mesmo valor que tinha tido em 2016. No ano passado, a média era positiva e estava nos 10,3.
Quanto à taxa de reprovação, 14% dos 15 381 alunos que fizeram a prova reprovaram a História A, mais 1% do que no ano anterior.
Quem se mantém na lista de disciplinas com médias negativas há já dois anos consecutivos é História da Cultura e das Artes, que desce de 9,8 valores para 9,6. Em contrapartida, a taxa de reprovação sofre uma queda, passando de 12% para 9%.
Taxa de aprovação de 100% a três disciplinas
Português Língua Segunda, Português Língua não Materna e Desenho A são as três disciplinas que não tiveram um único aluno a ser reprovado. No entanto, fazem parte do grupo de cadeiras com menor número de alunos inscritos, com 11, 116 e 3413, respetivamente.
Da mesma forma, todas conseguem médias altas quando comparadas com as restantes. Em Português Língua Segunda a média é de 14,4 valores — a mais alta dos exames nacionais — e a Português Língua Não Materna de 14. A Desenho A, o valor médio obtido nos exames fica nos 13,4 valores.
Filosofia, Geografia e Geometria Descritiva
Estas três disciplinas ficaram todas com médias na ordem dos 11 valores. Filosofia, que teve 11 537 alunos internos a exame, obteve uma média de 11,1 (contra 10,7 do ano anterior) e uma taxa de reprovação de 5%.
A Geografia A a média dos 18734 alunos foi de 11,6, mais 6 pontos percentuais do que nos exames de 2017, e uma taxa de reprovação de 4%.
Por último, Geometria Descritiva conseguiu uma média de 11,4 (uma descida em relação aos 11,9 de 2017) e uma taxa de reprovação de 11% entre os 5602 alunos que prestaram exame.
As inscrições para a segunda fase dos exames nacionais, para quem não tenha tido nota positiva ou para alunos que queiram melhorar a nota, arranca ainda hoje, quinta-feira, e decorre até dia 16 de julho. Os exames propriamente ditos começam a 18 de julho — no mesmo dia em que se iniciam as candidaturas ao Ensino Superior — e terminam a 23 de julho.