Juan Cuadrado participou em todos os jogos da Colômbia neste Campeonato do Mundo, fez 331 em 390 minutos possíveis, marcou um golo, fez outra assistência, arriscou seis vezes o remate, tentou 159 passes (128 conseguidos), percorreu um total de pouco mais 35 km. Não são números brilhantes, também não são propriamente maus, mas o extremo, tal como a própria equipa, acabou por cair logo nos oitavos de final com Inglaterra (nas grandes penalidades) quando se esperava mais depois do Mundial de 2014. Agora, o foco do jogador já é outro. E o compromisso com o clube parece ser total.

Como recordou o Globoesporte, nem sempre uma grande estrela começa com o seu número preferido da camisola quando chega a uma nova equipa e isso chegou a acontecer com o próprio Cristiano Ronaldo, que tinha Raúl como dono do 7 quando chegou a Madrid e ficou com o 9. Também Zidane, um fã do 10, jogou os primeiros anos no Santiago Bernabéu com o 5 porque havia Luís Figo, uma das grandes figuras da equipa. Neste caso, não houve problema e foi o próprio Cuadrado a anunciar a sucessão.

“É mais abençoado dar do que receber. Esta é a minha bênção para o meu parceiro Cristiano nesta nova aventura”, escreveu na sua página do Twitter, acompanhado de uma foto onde envergava a camisola 7 com o nome de Ronaldo nas costas.

No entanto, e enquanto goza o curto período de férias após o Mundial da Rússia, o colombiano tem aproveitado para interagir com os seus fãs nas redes sociais para escolher um novo número para jogar na Vecchia Signora. Hipóteses? O 10, numa brincadeira perante a possibilidade de Paulo Dybala sair do clube ou prescindir do atual dorsal; o 16; o 21; e o… 49. A escolha, que vai terminar este sábado durante o Bélgica-Inglaterra, já tem mais de 120 mil votos e na frente está… o 7 ao quadrado.

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Nascido em Necoclí, Cuadrado, de 30 anos, começou a jogar no Atlético Urabá e no Independiente Medellín, numa tentativa que a mãe teve de prender o filho a coisas positivas depois do assassinato do pai quando tinha apenas cinco anos mas sempre com a obrigatoriedade de ser um aluno de excelência na escola (que conseguiu cumprir). Chegou à Europa via Udinese em 2009, teve uma adaptação complicada, chegou a ser cedido ao Lecce mas assumiu-se como grande figura da Fiorentina a partir de 2012, o que lhe valeu uma transferência para o Chelsea em 2014, ano em que foi o jogador com mais assistências no Campeonato do Mundo. A experiência na Premier League acabou por não correr da melhor forma, apesar de ter ganho um Campeonato e uma Taça da Liga, e, após duas épocas de empréstimo, assinou a título definitivo pela Juventus no ano passado. Na Vecchia Signora, tem a “folha limpa”: três anos, três Campeonatos, três Taças de Itália. Só lhe falta mesmo a Champions, algo que poderá ficar agora mais perto com a contratação no novo número 7, Cristiano Ronaldo.