A líder do CDS-PP alertou esta segunda-feira o Presidente da República que o partido não desistirá do esclarecimento do roubo de armas de Tancos e admitiu vir a propor uma comissão parlamentar de inquérito ao caso.

No final de uma audiência com o Presidente da República sobre o ano político e as perspetivas para o Orçamento do Estado de 2019, Assunção Cristas, garantiu que o partido decidirá sobre o inquérito depois das audições previstas para terça-feira, no parlamento, entre as quais a do Chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte.

“Disse ao senhor Presidente da República que o CDS não deixará morrer este assunto sem ser esclarecido tudo o que se passou”, afirmou, após a conversa de quase uma hora com Marcelo Rebelo de Sousa, que é também o Comandante Supremo das Forças Armadas.

Na véspera da audição, na Comissão de Defesa Nacional, no parlamento, de Rovisco Duarte e das secretárias-gerais da Segurança Interna, Helena Fazenda, e do Sistema de Informações da República Portuguesa, Graça Mira Gomes, a líder democrata-cristã disse fazer depender uma decisão do que acontecer na terça-feira.

“Reservamos essa decisão para depois das audições, depois de perceber em que há medida há mais esclarecimentos ou não” a pedir aos responsáveis pelo caso do roubo, acontecido há um ano, afirmou. Para Cristas, a “questão de Tancos está longe de estar encerrada” e o partido admite usar “todos os instrumentos parlamentares”, incluindo a comissão de inquérito. O CDS-PP justificou este atraso na decisão com o facto de estar ainda “uma investigação judicial em curso”, acrescentou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR