A Embraer lamentou o acidente com uma sua aeronave no México e colocou-se à disposição das autoridades aeronáuticas mexicanas, num comunicado divulgado esta quarta-feira.
“A Embraer lamenta o acidente ocorrido com uma aeronave E190 operada pela companhia aérea Aeroméxico, voo AM2431, no fim da tarde de hoje (terça-feira), durante a descolagem do Aeroporto Internacional de Guadalupe Victoria, na cidade de Durango, com destino à Cidade do México. A aeronave número de série 190-173 foi entregue em maio de 2008”, referiu a nota. A empresa brasileira, de acordo o comunicado, “já se colocou à disposição das autoridades aeronáuticas para auxiliar nas investigações e uma equipa de técnicos da Embraer prepara-se para se deslocar para o local do acidente”.
Um acidente aéreo no norte do México causou 85 feridos ligeiros e dois graves, quando um avião com 103 pessoas a bordo tentava descolar durante uma forte tempestade, na terça-feira, informou o governador de Durango. José Aispuro afirmou que todos os ocupantes do avião da Aeromexico escaparam vivos. Aispuro adiantou que o piloto e um outro tripulante tinham sofrido ferimentos graves. “Felizmente, agora encontrámos todos os 103, agora sabemos onde cada um está e isso dá-nos muita tranquilidade”, acrescentou.
O diretor da agência de defesa civil da cidade de Durango, Israel Solano Mejia, disse à Foro TV que o avião “caiu de nariz” a apenas algumas centenas de metros do fim da pista. “A maioria dos passageiros deixou o avião pelo seu próprio pé”, revelou Mejia.
O Governo federal tinha inicialmente informado que estavam 101 pessoas no avião, 97 passageiros e quatro tripulantes, mas mais tarde o governador corrigiu este dado, explicando que dois menores não tinham sido incluídos no primeiro registo.
O governador referiu que uma rajada de vento atingiu o avião pouco depois de descolar, fazendo com que a aeronave perdesse velocidade e atingisse o solo com a asa esquerda, atingindo ambos os motores. O avião imobilizou-se na posição horizontal, o que permitiu que as saídas de emergência laterais fossem utilizadas e que todos os passageiros e tripulantes pudessem escapar antes do incêndio que deflagrou no seu interior.
O avião, de médio alcance, tinha cerca de 10 anos de idade e já tinha pertencido a outras duas companhias aéreas antes de integrar a frota da Aeromexico.
A Embraer e a gigante de aviação Boeing anunciaram recentemente um acordo para criar uma nova empresa para o fabrico de aeronaves comerciais avaliada em 4,75 mil milhões de dólares (4 mil milhões de euros) da qual a Boeing controlará 80% das ações. O acordo ampliará a presença da Boeing no mercado externo e visa combater a parceria entre a canadiana Bombardier e a europeia Airbus.
A empresa brasileira mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa. A Embraer mantém duas fábricas em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, a 130 quilómetros a leste de Lisboa, sendo que a empresa também é acionista da OGMA (65%), em Alverca, nos arredores de Lisboa.