Dezenas de milhares de pessoas nos concelhos de Oeiras e Cascais ficaram sem energia elétrica cerca de uma hora e meia (das 20h30 até cerca às 22 horas), devido a um apagão causado pela falha em várias estruturas de distribuição elétrica, indicou a EDP – Distribuição, salientando que “já foi reposta a normalidade”.

Uma fonte oficial da empresa que gere a distribuição para a rede doméstica, o apagão teve início devido a uma avaria na estação de Trajouce, que alimenta vários zonas daqueles concelhos e que deixou “uma parte substancial” de Oeiras e Cascais sem energia elétrica. A distribuidora atribuiu o apagão a uma sobrecarga na rede devido à elevada utilização de equipamentos de ar condicionado e de arrefecimento por parte da população.

A mesma fonte negou qualquer incêndio ou explosão em Trajouce.”Houve fumo, mas não fogo”, disse, acrescentando que num dos equipamentos houve “um disparo”. “Isso fez algum estrondo, o que pode ter transmitido a ideia de explosão”, acrescentou. Num ponto de situação, a EDP confirmou que a estação já está em funcionamento desde as 22 horas.

A fonte oficial da EDP-Distribuição indicou que as equipas de emergência estavam em alerta por causa do calor (e do consequente risco de incêndios, que muitas vezes afetam as estruturas elétricas) e que assim se vão manter até segunda feira. Este estado de prontidão implica igualmente a articulação com os bombeiros e forças de segurança, como a polícia.

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Fonte do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa confirmou ao Observador que houve um reforço da monitorização e vigilância nos concelhos afetados, mas que desconhece – para já – quaisquer desordens ou atividade criminosa relacionada com o apagão.

Segundo alguns relatos, pelas 21h30 o apagão verificava-se nas zonas de Carcavelos, Oeiras e na zona baixa da Parede, junto à marginal. Restaurantes, bombas de gasolina e outros estabelecimentos estavam sem luz, havendo muitos carros na rua.

Também houve áreas do concelho de Sintra afetadas pela falta de energia elétrica.

Pelo menos 378 mil pessoas vivem nos dois concelhos (Oeiras e Cascais), sendo que a EDP não conseguiu dar números exatos das pessoas afetadas.