A população da Índia deverá ultrapassar a da China, atualmente o país mais populoso do mundo, no ano de 2022, de acordo com novos dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco Mundial.
“A China, com 1,4 mil milhões de habitantes é o país mais populoso do mundo em 2017. No entanto, a Índia, segundo país mais populoso, com 1,3 mil milhões de pessoas, deverá superar a população da China até 2022”, revela dados do Banco Mundial, disponíveis no portal da instituição sobre saúde, nutrição e população mundial, através de gráficos e tabelas que apresentam previsões até 2050.
Em 2022, as previsões indicam que a população da Índia será de 1.411.415.000 enquanto a China terá 1.404.652.000 habitantes. Segundo os dados, a taxa de fertilidade da China diminuiu drasticamente desde a década de 1970. Os dados também indicam que, embora o México e o Japão tenham população semelhante (129 milhões e 127 milhões, respetivamente) em 2017, as estruturas etárias desses países parecem muito diferentes.
As pirâmides populacionais dos dois países mostram que a população do México é muito mais jovem do que a do Japão. O México tem mais jovens e o Japão tem mais idosos. A população com mais de 65 anos aumentou rapidamente desde os anos 90 no Japão. No entanto, a população com mais de 65 anos no México deverá exceder 10 milhões em 2020 e aumentar de forma constante. Estima-se que as diferenças na população com idades entre 65 anos ou mais entre o Japão e o México diminuam até 2050.
No que toca à saúde, o estudo refere, por exemplo, que as mulheres são mais vulneráveis ao VIH do que os homens, especialmente na África Subsaariana. Em 20 países da África Subsaariana, mais de 60% da população afetada pelo VIH são mulheres.
Em outras regiões, menos da metade da população afetada pelo HIV são mulheres (sul da Ásia: 33%, América Latina e Médio Oriente: 38%). Segundo o Programa das Nações Unidas para o Combate ao VIH/Sida (UNAIDS), fatores estruturais, comportamentais e biológicos estão a aumentar o risco de infeção pelo VIH entre as mulheres. Os dados indicam que há mudanças na causa da morte em países de baixo rendimento nos últimos 16 anos.
Em países de alto rendimento, a maioria das mortes é causada por doenças não transmissíveis, como doenças cardíacas e AVC, enquanto a maioria das mortes em países de baixo rendimento é causada por doenças transmissíveis. Na Zâmbia, Quénia, Malauí, Níger e Botsuana, com a maior proporção de causas de morte por doenças transmissíveis, mais de 78% das mortes foram causadas por doenças transmissíveis em 2000.
No entanto, a proporção de causas de morte por doenças não transmissíveis aumentou nestes países em 2016. No Botswana, por exemplo, a percentagem de mortes causadas por doenças transmissíveis tem vindo a diminuir rapidamente, enquanto a proporção de mortes por doenças não transmissíveis aumentou entre 2000 e 2016.