A Altice Portugal rejeitou este sábado as acusações feitas pelo coordenador do PCP da Madeira que denunciou existir um processo de despedimento de cerca de 30 trabalhadores do ‘call center’ no Funchal.
“A Altice Portugal repudia as acusações de que foi alvo por parte de um representante do PCP e reafirma que não há qualquer processo de despedimentos em Portugal Continental e Ilhas, mais concretamente na Região Autónoma da Madeira”, diz a empresa num esclarecimento distribuído à imprensa.
Na sexta-feira, o coordenador regional do PCP da Madeira, Edgar Silva, criticou o que classificou de “lei da selva” em vigor na Meo/Altice na região, uma situação que permitiu o despedimento de 29 trabalhadores do ‘call center’.
Edgar Silva também exigiu a intervenção do Governo Regional para salvaguardar os direitos destes funcionários, considerando existir “exploração, discriminação e formas de perseguição aos trabalhadores e às trabalhadoras da MEO/ATICE”.
Este sábado, no esclarecimento, a empresa diz que esta censura constitui uma “falsa critica apenas com objetivo mediático, o que coloca em causa empresas que todos os dias criam valor, que pagam os seus salários a tempo e horas, que investem e atingem objetivos inéditos dignificando o país”.
No mesmo documento, acrescenta que a crítica do dirigente comunista atinge também os “colaboradores destas empresas que se dedicam e esforçam e que são um dos responsáveis pelo sucesso empresarial, não merecem um tratamento irresponsável que consideramos totalmente lamentável e pouco digno”.
Ainda recorda que, em maio deste ano, o presidente executivo da Altice Portugal, “reiterou perante vários deputados de todos os grupos parlamentares [Assembleia da República] que não houve despedimentos na empresa nos últimos 3 anos e meio”.
Este responsável atestou igualmente não haver “perspetiva de qualquer movimento futuro nesse sentido” e lançou o “repto a cada um dos presentes para indicar o número de qualquer colaborador que tivesse sido despedido”, o qual não obteve resposta até o momento.
A Altice Portugal aponta que embora os seus colaboradores não tenham “vínculo direto nos ‘call center’ na Madeira, tem vindo a fazer crescer os recursos nestes centros, que atualmente rondam os 280, com a integração de 34 novos recursos desde maio deste ano”.
A empresa sublinha que este cenário “reflete a aposta no crescimento constante deste site”, mencionando que as operações na área dos centros de atendimento tem “vindo a crescer”.
Acrescenta que este aumento “é visível na política de descentralização que a empresa tem vindo a seguir, consolidando a sua intervenção no desenvolvimento económico do país, nas suas diferentes regiões, bem como na formação e na criação de emprego”.
“Para a Altice Portugal é clara e inequívoca a aposta nos trabalhadores e no compromisso com a empregabilidade, a gestão responsável de Recursos Humanos e a visão estratégica para o negócio em que opera”, afirma a empresa no esclarecimento.
Conclui que “símbolo disso foi a recente assinatura, no passado mês de julho, do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), um entendimento inédito no que respeita a matérias laborais, com todas as estruturas sindicais que representam os trabalhadores da Altice Portugal”.