Se, no início de agosto, fosse feita uma sondagem entre o público sportinguista sobre como estaria o Sporting à entrada para a quinta jornada da Liga NOS e com uma partida da Taça da Liga e da Liga Europa disputadas, poucos seriam os adeptos confiantes o suficiente para arriscar e acertar no cenário leonino a 20 de setembro.
Com toda a confusão que envolveu o planeamento da época verde e branca, desde abandonos e regressos de jogadores, a trocas de treinadores e até mesmo um novo presidente, não era propriamente expectável que o plantel do Sporting fosse capaz de se abstrair de tudo isso e seguir caminho pela rota do sucesso.
Mas, olhando para os factos, em seis jogos já disputados, os leões somam cinco triunfos e um empate, diante do Benfica, na casa do rival. São resultados bastante positivos para uma equipa que pouca pré-época teve e que ainda não conseguiu entrar em campo sem limitações na frente de ataque ou na zona mais recuada.
⚠5.ª vez que o Sporting chega ao intervalo empatado esta época, em 6 jogos – nos 4 jogos anteriores, venceu 3 pic.twitter.com/oplVEwXZCV
— Playmaker (@playmaker_PT) September 20, 2018
Ainda assim, se é verdade que o Sporting tem vindo a vencer desde o início da temporada, também é verdade que os comandados de José Peseiro já começaram a criar uma tendência: os triunfos são construídos apenas no segundo tempo.
Em cinco dos seis jogos já disputados, os verde e brancos chegaram ao intervalo empatados, carimbando a vitória na metade complementar da partida por quatro ocasiões, exceção feita à igualdade a uma bola obtida na Luz (golos de Nani aos 64′ e João Félix aos 86′).
Na primeira jornada, Sporting e Moreirense empatavam a uma bola ao intervalo, com os leões a chegarem ao 3-1 final já nos 15 minutos finais, com dois golos de Bas Dost; seguiu-se o duelo com o V. Setúbal e nova igualdade à saída para o descanso (1-1), desfeita aos 66′ com o bis de Nani a fazer o 2-1; à terceira jornada, os leões recebiam o Feirense e não houve golos até ao minuto 88, momento em que Jovane se estreou a marcar pelo Sporting e ofereceu a vitória ao conjunto de Peseiro; na estreia europeia com o Qarabag, o mesmo filme repetido, com o nulo a chegar ao intervalo e a ser resolvido no segundo tempo, com golos de Raphinha e Jovane.
Pelo meio, uma vitória por 3-1 sobre o Marítimo para a Taça da Liga, a única vez em que os leões foram para o intervalo em vantagem, com golo de Raphinha, aos 26 minutos; o triunfo seria garantido na segunda parte, com bis de Bruno Fernandes (3-1).
É uma tendência que pode ser desfeita tão rapidamente quanto foi criada e para a qual muito têm contribuído as entradas de Jovane em jogo, como no encontro desta quinta-feira, onde voltou a ser decisivo com apenas dois minutos em campo.
Estreia de sonho nas competições europeias para ????????Jovane Cabral (20 anos)- marca no minuto seguinte à sua entrada em campo pic.twitter.com/UudMkHfOtp
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Se nova sondagem fosse feita entre o público sportinguista onde este fosse questionado sobre se preferia sofrer no primeiro tempo e ganhar no segundo ou arriscar qualquer outra tendência que possa não terminar em vitória, é possível adivinhar que seriam ainda menos os adeptos a optar pela última opção.
Com golos na primeira ou na segunda parte, a verdade é que o Sporting ganhou cinco em seis encontros já disputados. E poucos eram os que o preveriam há pouco mais de um mês atrás.