Um ataque aéreo israelita atingiu esta segunda-feira a Al-Aqsa, a estação televisiva do Hamas na Faixa de Gaza, que deixou de emitir após o bombardeamento, referiram testemunhas locais. O ataque desta segunda-feira a cerca de 70 alvos palestinos, ordenado por Telavive, e que surge como uma nova resposta a bombardeamentos anteriores sobre território israelita, fizeram pelo menos oito mortos.

Minutos antes do bombardeamento ao edifício da Al-Aqsa, a estação televisiva tinha interrompido a sua programação e exibia uma imagem fixa do seu logótipo após o edifício ter sido atingido por um míssil de aviso. Pouco depois, três grandes explosões foram escutadas e o ecrã ficou negro.

Testemunhas citadas pela agência noticiosa Associated Press (AP) referiram que as detonações destruíram totalmente o edifício, enquanto as explosões iluminavam o céu noturno. Os trabalhadores tinham abandonado o edifício após os disparos de aviso. Ainda não estava confirmado se existiam baixas entre os trabalhadores da estação.

O movimento radical palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza, reivindicou esta segunda-feira os disparos de “dezenas de rockets” contra Israel, afirmando num comunicado que respondia à morte de sete dos seus combatentes no domingo num confronto com o exército israelita. Além dos sete palestinianos, um oficial do exército israelita morreu durante o que terá sido uma operação das forças especiais de Israel no enclave.

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Na Faixa de Gaza já morreram esta segunda-feira pelo menos três palestinianos, segundo dados avançados num primeiro momento pelo Ministério da Saúde no território, nos bombardeamentos israelitas de represália após os disparos de rockets a partir do enclave. Há ainda o relato de diversos feridos e os números seriam mais tarde atualizados para os oito mortos

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, convocou uma reunião de emergência dos responsáveis pela segurança para discutir a escalada de violência em Gaza. A tensão entre Israel e o Hamas subiu nos últimos meses devido aos protestos organizados desde o final de março no enclave no âmbito da marcha do retorno, contra o bloqueio israelita e para exigir o regresso dos refugiados palestinianos que fugiram ou foram expulsos aquando da criação do Estado hebreu em 1948.

Pelo menos 230 palestinianos foram mortos a tiro pelos soldados israelitas desde essa data. Nas últimas semanas a tensão parecia ter diminuído, enquanto o Egito e a ONU mediavam um acordo de cessar-fogo entre Israel e as milícias palestinianas.