O nome da atriz brasileira Maitê Proença foi proposto por um grupo de ambientalistas, economistas e investigadores para a pasta do Meio Ambiente, revelou o colunista Ancelmo Gois na edição desta segunda-feira de O Globo. Proença tem-se dedicado nos últimos anos ao ativismo ambiental, tendo sido uma das signatárias da carta com propostas de defesa do meio ambiente enviada a Jair Bolsonaro depois da eleição.

Maitê Proença já comentou a notícia. Sem afastar totalmente a possibilidade de vir a integrar o governo de Bolsonaro, a atriz disse que o seu nome não passa de “uma ideia”. “A ideia é tirar o viés ideológico a que o setor ambiental ficou associado. Trazer um nome que possa abrir as portas que se fecham para os ecologistas. Um nome ligado às causas ambientais, mas que circule nos diversos meios de forma isenta. E que possa colocar a pasta acima de picuinhas políticas. Concordo com tudo. Mas o meu nome é apenas uma ideia”, afirmou.

O vice-presidente de parcerias estratégicas da Conservação Internacional, Rodrigo Medeiros, acredita que Proença poderá trazer “tranquilidade e leveza” ao Ministério. “Ela não é partidária e se mostrou muito disposta a contribuir. Tem condições de manter um ótimo diálogo em todas as áreas, inclusive com os ruralistas”, disse ao Globo.

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Nas últimas eleições, Proença, que não tem filiação partidária, apoiou Marina Silva, líder do Rede Sustentável. Silva não passou à segunda volta, tendo ficado em oitavo lugar com o pior resultado de sempre numa eleição presidencial. A atriz mantém, contudo, boas relações com o círculo próximo de Bolsonaro, uma vez que foi casada com empresário Paulo Marinho, amigo do presidente eleito. Foi na casa de Marinho que Jair Bolsonaro fez a primeira reunião depois da eleição, lembrou O Globo.

Só que, ao contrário de Rodrigo Medeiros, Paulo Marinho considera a hipótese de Maitê Proença vir a assumir o Ministério do Meio Ambiente como uma “loucura”. Admitindo não saber “de onde tiraram isso”, o empresário procurou afastar-se do governo de Bolsonaro, dizendo ao Globo que já fez o que tinha a fazer e que já deu a sua contribuição. “Não participo do governo”, afirmou.

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