O economista Roberto Castello Branco foi esta segunda-feira confirmado pela equipa económica do Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, como presidente da gigante petrolífera Petrobras.
A informação foi adiantada nesta manhã, em comunicado, pela assessoria de imprensa do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que declarou ter recomendado o nome de Castello Branco a Bolsonaro, que, por sua vez, aceitou o convite.
Roberto Castello Branco é ex-diretor do Banco Central e da Vale, uma das maiores empresas do setor mineiro do mundo. Entre 2015 e 2016, durante o governo da ex-Presidente Dilma Rousseff, foi também membro do conselho de administração da Petrobras.
Presentemente, é professor no Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Económico da Fundação Getúlio Vargas.
Castello Branco fez ainda parte da equipa de especialistas que Paulo Guedes reuniu durante a campanha eleitoral de Bolsonaro para debater a formulação de propostas económicas para o então candidato presidencial da extrema-direita.
O atual presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, permanece no comando da estatal até a nomeação do novo presidente.
Através de uma mensagem publicada nas redes sociais, na passada quarta-feira, o próximo vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mourão, afirmou que o futuro Governo não avalia a privatização da Petrobras, a maior empresa estatal de petróleo do país sul-americano.
“Considero a Petrobras empresa património do Brasil”, afirmou Mourão, na sua conta no Twitter.
O Presidente eleito, Jair Bolsonaro, propôs, inicialmente, “extinguir grande parte das empresas estatais”, embora nas últimas semanas tenha estabelecido limites.
Nesse sentido, Bolsonaro tem-se mostrado contra a venda de ativos no setor de geração de energia e afirmou que é possível “conversar” sobre a privatização da parte da distribuição.
No caso concreto da Petrobras, o futuro Presidente brasileiro assegurou que o núcleo da petrolífera estatal deve permanecer sob o controlo do Estado.
Capitão na reserva, o Presidente eleito apontou o objetivo de executar um programa liberal e continuar com as reformas de ajuste fiscal iniciadas pelo atual chefe de Estado, Michel Temer, para reequilibrar as contas públicas do país.