Sabendo-se que a Volkswagen vem aí com um I.D. Neo, cuja capacidade de bateria vai arrancar nos 48 kWh, para depois crescer potencialmente até aos 80 kWh, a Nissan tinha que responder à concorrência. Isto levou a que os japoneses decidissem oferecer uma segunda capacidade de 60 kWh, apesar de manterem a versão actual com acumuladores de 40 kWh.

Com isto, a Nissan espera “meter” mais 50% de autonomia dentro do Leaf, que se permitia 270 km em WLTP com 40 kWh, deverá atingir 405 km com os 60 kWh. Esta alteração permitirá aos japoneses aumentar, menos do que o esperado, o preço da nova versão com mais capacidade, tanto mais que têm de descer o valor pedido pelo Leaf de 40 kWh, à semelhança do que a Renault deverá fazer com o novo Zoe, que vai introduzir em 2019. Tudo porque a Volkswagen vai comercializar o I.D. Neo com 48 kWh por 23.000 na Alemanha (28.000€-29.000€ em Portugal) e nem a Renault nem a Nissan arriscarão pedir mais pelos seus veículos, em igualdade de especificações.

Juntamente com a nova bateria, o Leaf vai trazer mais novidades, a começar pela potência do motor, que continua a ser apenas um e montado à frente. Se de momento o Leaf usufrui de 150 cv, com a bateria maior vai passar a oferecer 200 cv, respondendo assim aos 170 cv do Volkswagen. Além da maior potência do motor, a nova bateria vai igualmente permitir uma carga mais rápida, até 100 kW.

O Leaf 60 kWh deverá ser introduzido na Europa em Maio e por mais 5.800€ do que o 40 kWh, o que colocará o preço da versão com mais autonomia quase nos 40.000€. Ou seja, muito acima do VW I.D. Neo e muito próximo do Model 3 Standard, que apesar de ter uma bateria com apenas 50 kWh, anunciará uma autonomia similar em WLTP (400 km), sendo que este modelo é substancialmente maior e mais sofisticado.

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