O primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, formou esta quinta-feira Governo, quatro dias depois de ter sido reconduzido ao cargo do qual havia sido destituído em outubro, um passo fundamental para aliviar a crise política instalada no país.

Vinte e nove ministros foram empossados numa cerimónia presidida pelo Presidente, Maithripala Sirisena, de acordo com um comunicado das autoridades. O primeiro-ministro deve agora aprovar um orçamento para os próximos três meses que evite a paralisia da máquina estatal, já que o Parlamento não foi capaz de aprovar um orçamento para 2019 devido à instabilidade política.

O Sri Lanka mergulhou numa grave crise política a 26 de outubro, quando o Presidente decidiu destituir, de forma inesperada, o primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, alegando então “conduta imprópria” por parte do governante e “conflitos políticos” entre ambos. Depois de destituir Wickremesinghe, Sirisena suspendeu as sessões do parlamento, numa altura em que Wickremesinghe afirmava poder provar que tinha apoio maioritário no círculo.

Mais tarde, e após perceber que não teria o apoio da maioria parlamentar para defender a nomeação do ex-Presidente Mahinda Rajapaksa ao cargo de primeiro-ministro, Sirisena dissolveu o Parlamento e convocou novas eleições. No entanto, o Supremo Tribunal declarou, na passada sexta-feira, inconstitucional a medida de dissolução, o que levou à renúncia de Rajapaksa como primeiro-ministro e facilitou o regresso de Wickremesinghe ao cargo.

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