Os fãs de “Black Mirror” que se agarrem já ao sofá, à cama, ao telemóvel, ao computador e à televisão. A distopia futurista de Charlie Brooker está de volta à Netflix com “Bandersnatch”, o filme de 1h30 que será disponibilizado esta sexta-feira, 28 de dezembro, aos assinantes do serviço de streaming. O anúncio foi feito pela própria Netflix esta quinta-feira de manhã.
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A tendência da nostalgia — que tem estado presente em várias produções originais da Netflix — leva os fãs de “Black Mirror” até 1984: ano em que “Bandersnatch” decorre. A história segue “um jovem programador que começa a questionar a realidade, enquanto adapta um romance de fantasia a um videojogo e se depara com um desafio mental”. Neste jogo que brinca ao futuro, a banda sonora faz-se ao ritmo dos britânicos Frankie Goes to Hollywood e o hit que os pôs no top da tabela de vendas do Reino Unido, no ano seguinte.
“Relax, don’t do it” marca o passo do filme realizado por David Slade — que já tinha realizado o episódio a preto e branco da quarta temporada, o “Metalhead” e que é responsável pela realização de filmes como o “Hard Candy”, “A Saga Twilight: Eclipse” ou “30 Dias de Escuridão” — e que tem Fionn Whitehead como protagonista. Fazem também parte do elenco os atores britânicos Will Poulter e Asim Chaudhry.
Um mundo real que se confunde com o virtual num cenário que apela à nostalgia de quem tem, hoje, mais de 30 anos e que compõe grande parte da fatia de subscritores do serviço de streaming norte-americano. Fenómenos como “Stranger Things” (que decorre nos anos 1980), “Everything Sucks!” (que decorre nos anos 1990) ou “Maniac” (outra distopia futurista que tem a lente dos anos 1980 em vários dos episódios) são alguns dos exemplos das apostas recentes da produtora.
Com “Black Mirror”, Charlie Brooker pegou na inovação tecnológica de hoje e esticou-lhe o potencial até aos limites da sua imaginação. Ainda que às vezes pareça que de ficção a série não tem quase nada. A partir desta sexta-feira, há 1h30 de “Bandersnatch” para ver.