Três em cada quatro emigrantes qualificados admitem regressar a Portugal, o que se traduz num valor de cerca de 78% daqueles que decidiram deixar o país no passado em busca de uma maior qualidade de vida. Destes 78%, 43% afirmam que podem fazê-lo nos próximos anos, segundo noticia a Renascença.

Este é o resultado do Guia do Mercado Laboral, avançado por uma consultora na área do emprego e do recrutamento especializado. De acordo com o inquérito, 84% dos portugueses que saíram do país no tempo da crise não se arrependem de o ter feito, mas a estabilização da economia nacional pode estar a atrair de volta aqueles que emigraram nessa altura e poderá estar também a fixar os mais qualificados.

O facto de as empresas começarem a pagar melhor e a promover os que se destacam nas respetivas áreas é algo que pode estar igualmente a abrandar a emigração portuguesa. Entre o período mais crítico da crise — no qual a taxa de desemprego ultrapassou os 16% — e 2018, a percentagem de trabalhadores dispostos a emigrar caiu de 80% para 37%.

O que o inquérito não conseguiu, porém, apurar foi o facto de este poder ser ou não o resultado daquilo que foi prometido pelo Governo em termos de benefícios fiscais, no início da legislatura. Ainda assim, 87% dos mais de 3 mil emigrantes inquiridos dizem que uma eventual redução do IRS como benefício fiscal terá pouca ou mesmo nenhuma influência na decisão de regressar.

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