“Boneca Russa” estreou-se no dia 1 de fevereiro na Netflix e conta a história de Nadia Vulvokov (interpretada por Natasha Lyonne), uma programadora de software que morre na festa do próprio aniversário e que renasce todos os dias na mesma hora, no mesmo lugar: a casa de banho do apartamento da amiga Maxine (Greta Lee). Uma variante de histórias como a de “O Feitiço do Tempo” (“Groundhog Day”), filme de 1993 de Harold Ramis com Bill Murray.
A protagonista revelou ao site americano Broadly (da Vice) que a série é uma “espécie de autobiografia”: “No final da série, a personagem está mais perto daquilo que eu sou hoje. No início da série está mais perto de quem eu era há 15 anos”, disse.
Natasha Lyonne, a atriz que protagoniza a série, tem 39 anos e começou cedo na representação. Nos anos 90 tornou-se uma presença regular no circuito de cinema indie. Seguiu-se um período em que a dependência de drogas e álcool lhe custou mesmo vários problemas de saúde. Em “Boneca Russa”, Nadia, a personagem que interpreta, segue praticamente o mesmo estilo de vida, com festas à mistura.
A série foi criada por Amy Poehler, Leslye Headland e pela própia Natasha Lyonne. A equipa de produção é composta só por mulheres: Natasha disse que queria trabalhar com pessoas que falassem “a mesma língua” que ela para não se sentir “só mais uma na sala”.
Na entrevista à Broadly, a co-autora, escritora, produtora e atriz, revela que a “Boneca Russa” é “sobre estarmos tão perto do fim e pensar ‘Eu vou ter mais uma ronda, o que é que vou fazer de diferente?’. Mas também sobre ‘Quais foram as coisas que me trouxeram até aqui?'”. A mensagem principal da série é mostrar que devemos “ser aliados uns dos outros, em vez de nos destruirmos mutuamente”.
A nova dramedy da Netflix, um estilo que junta a comédia ao drama, tem 8 episódios de 25 minutos e, para já, ainda não há confirmação de uma segunda temporada.