O número de Grupos Organizados de Adeptos (GOA) ascende a 28 em Portugal, com um total de 4.701 membros registados, dos quais quase 3.000 são das claques ligadas ao Sporting (62%), segundo os dados oficiais.

“Existem 28 GOA constituídos por 4.701 membros”, avançou esta sexta-feira à Lusa a Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD).

Dos 18 clubes da I Liga, apenas o Benfica, o Moreirense e o Portimonense não têm as claques legalizadas, uma vez que decorrem atualmente os processos de instrução e decisão relativos à inscrição da Armada Vermelha (Santa Clara) e da Famaflagrante (Chaves).

O Sporting é o clube que conta com mais elementos registados nas suas quatro claques organizadas: Juventude Leonina (1.632), Diretivo Ultras XXI (709), Torcida Verde (358) e Brigadas Ultras (238). No total, são 2.937 membros de claques afetas aos ‘leões’, 62% do total de membros registados em Portugal.

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Segue-se o FC Porto, com 958 membros distribuídos nos dois GOA dos ‘azuis e brancos’: Super Dragões (743) e Coletivo Ultras 95 (215). Ora, somando os membros registados do Sporting e do Porto (3.895) chega-se à conclusão que ambos os emblemas contam com 83% do total de elementos inscritos nesta vertente do futebol português.

Curiosamente, o terceiro clube português com mais ‘ultras’ registados é a Académica de Coimbra (114), que atua na II Liga de futebol. Depois, vem o Marítimo (91), o Belenenses SAD (72), o Tondela (71), o Nacional (62), a Sanjoanense (56), o Vitória de Setúbal (50), o Caldas (48), o Boavista (31), o União da Madeira (27), o Braga (25), o Desportivo das Aves (20), o Gil Vicente (17), o Feirense (12), o Vitória de Guimarães (11), o Rio Ave (9) e o Arouca (9).

A Naval 1.º de Maio e o Beira-Mar, apesar de terem as suas claques legalizadas, não disponibilizaram o número de membros associados.

Na terça-feira, o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) puniu o Benfica com a interdição do Estádio da Luz por quatro jogos, uma decisão à qual os ‘encarnados’ anunciaram oposição com uma providência cautelar no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).

Em causa, está uma queixa apresentada pelo Sporting na época de 2016/17 contra o rival pelo apoio prestado a claques não legalizadas.