O novo álbum do fadista Ricardo Ribeiro intitula-se “Respeitosa Mente”, foi gravado com os músicos João Paulo Esteves da Silva e Jarrod Cagwin, e é publicado no dia 26 de abril, divulgou esta a sua editora discográfica.
Em comunicado, a discográfica afirma tratar-se de “repertório totalmente novo e inédito“, e o fadista, por seu turno, sem adiantar pormenores, referiu apenas que “será totalmente diferente” do que já gravou, e “composto de músicas inéditas”.
O intérprete de “Porta do Coração” atuou em outubro de 2017 com o percussionista Jarrod Cagwin, no âmbito do projeto “Carta Branca”, do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, numa homenagem a José Afonso.
Jarrod Cagwin é percussionista, faz parte do grupo do alaudista e compositor libanês Rabih Abou-Khalil, com quem Ricardo Ribeiro atua regularmente, tendo gravado um álbum em 2008.
Ricardo Ribeiro foi o primeiro cantor que gravou com Rabih Abou-Khalil. O músico e compositor libanês compôs para Ricardo Ribeiro “Toada de Portalegre”, de José Régio, que estreou em Lisboa, no Teatro S. Luiz, em novembro de 2016, acompanhado também pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, num concerto que também contou com a participação de Jarrod Cagwin.
O pianista Esteves da Silva tem colaborado igualmente com regularidade com Ricardo Ribeiro, tendo o fadista já interpretado temas de sua autoria, letras e música, nomeadamente “O Sítio”.
No ano passado, atuou com o pianista nos “Encontros” da Fundação Francisco Manuel dos Santos, no Jardim Botânico Tropical, em Lisboa.
Este trabalho tem como base a poesia de vários autores, na sua maioria portugueses, poesia de grande sensibilidade que foi vestida pela musicalidade destes três amigos, de forma invulgar”, lê-se no comunicado da Warner Music, que destaca a “poderosa e cativante voz” de Ricardo Ribeiro.
“Respeitosa Mente” sucede ao álbum “Hoje É Assim, Amanhã Não Sei” (2016), que foi distinguido com o Prémio Carlos Paredes/2017, da Câmara de Vila Franca de Xira.
Além de ter sido distinguido pelo Estado português com a Ordem do Infante (grau de comendador), Ricardo Ribeiro recebeu dois Prémios Amália, Revelação e Melhor Fadista, respetivamente em 2005 e 2011, e o seu trabalho tem sido destacado pela revista de ‘world music’ Songlines, que cedo chamou a atenção para o intérprete, colocando o seu álbum “Hoje é Assim, Amanhã Não Sei” entre os finalistas para Melhor Álbum do Ano, em 2017.