O Governo fechou o défice de 2018 nos 0,5% do PIB, indicou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística. Os números são melhores do que as anteriores previsões do ministro das Finanças, Mário Centeno, que em fevereiro apontava para um défice de 0,6%.

“De acordo com os resultados provisórios obtidos neste exercício, em 2018 a necessidade de financiamento das Administrações Públicas (AP) atingiu 912,8 milhões de euros, o que correspondeu a 0,5% do PIB (3,0% em 2017). A dívida bruta das Administrações Públicas reduziu-se de 124,8% do PIB em 2017 para 121,5% em 2018”, escreve o INE.

A melhoria do saldo em 2018 deveu-se, sobretudo, ao “aumento da receita corrente, particularmente da receita fiscal e das contribuições para a segurança social, refletindo a evolução da atividade económica e do emprego”, adianta o instituto de estatística. Por outro lado, a despesa corrente “aumentou devido ao efeito combinado do aumento das remunerações dos empregados e das prestações sociais”.

“A despesa de capital, que em 2017 incluía o impacto da operação extraordinária de recapitalização da CGD, diminuiu, apesar da variação positiva no investimento (formação bruta de capital)”.

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Na semana passada, os técnicos da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estimavam que o défice em contas nacionais, que conta para Bruxelas, atingiria os 0,4% do PIB.

Este resultado compara favoravelmente quer com o objetivo de -1,1% do PIB estabelecido inicialmente no Orçamento do Estado/2018, quer com a estimativa revista de -0,7% do PIB apresentada no PE/2018-22 [Programa de Estabilidade 2018-2022] e, posteriormente, confirmada na POE/2019 [Proposta de Orçamento do Estado para 2019].

Técnicos do Parlamento. Défice de 2018 ficou em 0,4%, melhor que o previsto pelo Governo

Em 6 de fevereiro, o ministro das Finanças disse no parlamento que o défice orçamental de 2018 ficou próximo de 0,6% do PIB, revendo em baixa a última estimativa do executivo.

Tal como o Governo inscreveu no Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), o INE mantém a estimativa de défice orçamental de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2019.