O Benfica anunciou esta terça-feira que irá tomar “as providências adequadas à sua defesa” em relação às declarações de Vítor Catão, diretor desportivo do S. Pedro da Cova, que esta segunda-feira afirmou em entrevista à CMTV que Luís Filipe Vieira, presidente encarnado, lhe pagou para colocar um GPS no carro de Pinto da Costa e “dar uma coça” a Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto.

“Durante o dia de ontem [segunda-feira], o Sr. Vítor Catão decidiu proferir um conjunto de declarações na CMTV. Independentemente da avaliação que cada cidadão faça dessas declarações, da motivação e contexto das mesmas, elas são objetivamente falsas e gravemente atentatórias da honra e dignidade do Sport Lisboa e Benfica e do seu Presidente, que, por esse motivo, tomarão as providências adequadas à sua defesa”, disse em comunicado o clube da Luz.

À CMTV, Vítor Catão garantiu que Luís Filipe Vieira lhe pagou “200 mil euros” para colocar um dispositivo de localização GPS no carro do presidente do FC Porto e ainda contratar alguém para agredir Francisco J. Marques. “Fui ao escritório novo do Vieira, no Seixal, e falei com ele. Tenho o vídeo em que estou com ele. Vieira pediu-me três coisas: primeiro, para pôr uma lapa no carro de Pinto da Costa, e tenho testemunhas, e depois pediu para arranjar alguém para dar uma grande coça ao Francisco J. Marques para o meter em coma”, afirmou o dirigente do S. Pedro da Cova, que acrescentou ainda que a verba que o presidente encarnado alegadamente lhe pagou servia ainda para “negociar árbitros e jogadores para o Benfica ganhar”.

Contudo, o nome de Vítor Catão surgiu na comunicação social durante o dia desta segunda-feira, quando surgiram vários vídeos onde o dirigente desportivo confrontava César Boaventura, empresário ligado ao Benfica. Nos vídeos, todos transmitidos em direto a partir do Facebook de Vítor Catão, o diretor desportivo do S. Pedro da Cova estava dentro do carro de Boaventura: primeiro, pediu-lhe que colocasse a tocar a música que habitualmente toca no início de uma corrida de touros — e que o Benfica fez soar no Estádio da Luz no final do jogo da primeira volta com o FC Porto, que os encarnados venceram por 1-0; depois, enquanto o acusava de dever dinheiro ao S. Pedro da Cova, Catão agrediu o empresário com uma estalada na cara; e por último, o dirigente desportivo exigiu a César Boaventura que justificasse todas as críticas que tem vindo a fazer aos Super Dragões, a Pinto da Costa e a Francisco J. Marques.

Numa publicação feita no Facebook depois de Vítor Catão divulgar os vídeos, César Boaventura garantiu que estava sob ameaça de arma de fogo na altura dos acontecimentos e avançou que vai levar o caso para as instâncias judiciais. Ao fim do dia desta segunda-feira, já após o dirigente desportivo lhe pedir desculpa em direto na CMTV, Boaventura voltou às redes sociais para afirmar que essas mesmas desculpas “são tardias e inconcebíveis”.

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