Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto, concedeu no início da semana uma entrevista ao jornal O Jogo, que será publicada entre terça e quarta-feira, onde aborda vários temas da atualidade. O teaser inicial, divulgado na noite desta segunda-feira, dizia respeito às arbitragens e a um Campeonato que, de acordo com o líder dos azuis e brancos, foi decidido nos jogos fora do Benfica em Santa Maria da Feira, Braga e Vila do Conde. No entanto, o número 1 dos dragões aborda ainda outras temáticas, nomeadamente o caso dos emails – e a sua absolvição no processo do Apito Dourado.

Pinto da Costa: “Ainda gostava de saber quem foi buscar os padres à sacristia”

“Aquilo que foi conhecido dos emails é gravíssimo. A primeira tese do Benfica é de que aquilo era falso, era inventado. Entretanto acabou essa tese, é tudo verdadeiro, mas ninguém se preocupa em analisar e em julgar. Só está preocupados com quem é que revelou. Se eu for avisar a polícia de que está ali um indivíduo para o matar, eles querem lá saber se você morre; ficam é preocupados sobre quem avisou que o vão matar. Isto diz tudo”, realça na entrevista. “Moral para falar? Fui sempre absolvido. Estou à vontade para dizer que daqui a 20 anos, tal como nós ainda falamos do Calabote, vamos falar de Vila da Feira, Braga e Vila do Conde – é assim que este Campeonato será conhecido”, acrescenta na entrevista.

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“Não se pode dizer que tivemos sete pontos de avanço ou quatro ou dez. Em termos de resultados, chegámos ao momento crucial, depois do FC Porto-Benfica, com dois pontos de atraso. Esta reta final defino-a da seguinte forma: o FC Porto teve um empate anormal em Vila do Conde porque dois penáltis claríssimos não foram marcados. Houve influência direta da arbitragem e do VAR nesse empate. Depois do clássico, o Campeonato decidiu-se em três sítios: Vila da Feira, Braga e Vila do Conde. São três jogos onde ainda gostava de saber quem, a partir daí, foi buscar os padres à sacristia?”, destaca, entre comentários sobre a justiça (ou a falta dela) do Benfica ser campeão na última jornada com o Santa Clara: “O Campeonato decidiu-se dentro e fora, porque também se decidiu no VAR. Justiça? Se o Benfica ganhar com dois ou três pontos de avanço e em três jogos foi beneficiado nove pontos, como pode haver justiça? Os portistas que viveram isto vão lembrar-se daqui a 20 anos”.

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Pinto da Costa aborda também o papel do vídeo-árbitro, sempre com o foco nos três encontros do Benfica como visitante no final da temporada. “O Conselho de Arbitragem – e bem – chega à época passada e verificou que havia árbitros que não tinham as mínimas condições para apitar. O senhor Bruno Paixão e o senhor Bruno Esteves deixaram de apitar e, para estarem calados e não protestarem, meteram-nos no VAR. Um indivíduo que não tem categoria – e eles é que o decidiram – para arbitrar, não pode ter categoria para ir para o VAR”, realça. “No Feirense-Benfica, quando tocou a reunir, quem foram os intervenientes? O senhor João Pinheiro, que toda a gente conhece do seu envolvimentos nos emails. Foram ressuscitá-lo para esse jogo e tiveram a peregrina ideia de ressuscitar o senhor Bruno Paixão para o VAR, tendo influência direta ao anular o golo limpo do Feirense e ao inventar um penálti que deu a vitória ao Benfica”, completa.