Esta não foi a primeira vez que Frederico Varandas festejou a conquista de uma Taça de Portugal pelo Sporting no Jamor mas a volta de 180º que a sua vida deu, passando de diretor do departamento médico a alternativa a Bruno de Carvalho e depois de candidato a presidente dos leões, fez com que esta fosse uma vitória diferente. Diferente e emotiva, ao ponto de não ter contido as lágrimas numa altura em que estava ladeado na tribuna por Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, e João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, antes da subida dos jogadores ao local.
No entanto, o episódio com Sérgio Conceição, que recusou cumprimentá-lo e disse ainda algumas palavras ao ouvido antes de sair daquela zona, acabou por marcar o final da festa da Taça de Portugal. Ao contrário do que aconteceria na conferência de imprensa com o técnicos dos azuis e brancos, que preferiu não explicar o que se tinha passado naquele momento, Varandas tentou fazer uma relativização do sucedido mas acrescentando ainda algo mais no seu comentário.
“Não percebi [o que disse], nem consegui ouvir. O barulho dos festejos era muito alto, não sei… São formas de estar e educação diferentes mas isso não interessa para nada”, comentou o número 1 verde e branco, antes de fazer um balanço positivo de uma temporada onde o Sporting conseguiu vencer dois troféus, além da terceira posição do Campeonato.
Sérgio Conceição não quis cumprimentar Frederico Varandas na tribuna presidencial do Jamor
“Foi uma época muito boa. O Sporting foi reerguido e isso é mais importante que qualquer título, foi muito mais do que uma taça. Olhar para trás e lembrar como este clube estava há um ano atrás dá um filme lindo, é uma história linda. Quem viu isto por dentro… Este clube está saudável, forte, competitivo e é um feito que os sócios do Sporting merecem. Emoção no final? Aquelas lágrimas não foram apenas lágrimas do presidente, foram lágrimas de todos os sportinguistas, lágrimas de alegria. São essas que perduram no tempo”, começou por destacar, recordando toda a convulsão em torno do clube em 2018.
Entre bancadas, Afeganistão e banco, Varandas festejou na tribuna – e assim cumpriu a sua promessa
“Esta direção não procura popularidade, apenas o bem do Sporting, que é um clube que vive de títulos. Este título é de todos os funcionários do Sporting, porque sem eles, sem a pessoa que abre a porta, a pessoa que conduz o autocarro, a pessoa que lava o balneário… Esta vitoria é deles. O Sporting está forte e vai estar ainda mais forte para o ano”, concluiu Frederico Varandas.