Uma aeronave fez uma aterragem de emergência na A12, entre Pinhal Novo e o Montijo, no sentido Sul/Norte, e colidiu com três carros: dois que circulavam no sentido Setúbal-Lisboa e um que vinha do lado contrário. O acidente provocou dois feridos, o casal que seguia na avioneta. Este foi o segundo caso de quedas de aeronaves registado em menos de 24 horas. Entretanto o Observador confirmou junto da Brigada de Trânsito de Coina que a aeronave foi recolhida por volta das 19h45 e que o trânsito flui com normalidade desde então.
As autoridades foram alertadas para o acidente pelas 15h26. As primeira informações davam conta de dois carros, só depois se falou em três. Pelas 16h00 estavam no local uma Viatura de Emergência Médica do Barreiro e bombeiros do Pinhal Novo, num total de 18 operacionais e seis viaturas, confirmou fonte do Comando Nacional de Operações de Socorro ao Observador. Pelas 17h00 chegou uma equipa da Rotax Aircrafts Engines para avaliar o estado da avioneta.
Os feridos são os dois ocupantes da avioneta: o piloto apenas ficou com escoriações e foi assistido no local, seguindo só depois para o hospital de S. Bernardo em Setúbal. A mulher que seguia ao seu lado ficou encarcerada e foi transportada de imediato de ambulância para o hospital, mas os ferimentos acabaram por revelar-se também pouco graves.
A avioneta terá dado conta de um problema no motor, avisando que ia tentar aterrar de emergência, mas ainda não se conhecem os pormenores do acidente. Estão apenas a ser tidos em conta os relatos do piloto.
Dos três carros atingidos não houve feridos a registar e, pelas 16h30, já nenhum deles se encontravam no local. A viatura que circulava no sentido Lisboa-Setúbal foi a que ficou mais danificado e teve que ser rebocada. Os outros dois, que vinham no sentido contrário, seguiram viagem quase de imediato, informou o comandante adjunto dos Bombeiros de Pinhal Novo, Paulo Costa.
“O comandante solicitou uma aterragem de emergência na A12 e ao fazer a aproximação à A12 tocou em três veículos, não havendo vítimas a registar nesses veículos — dois veículos no sentido sul-norte e um veículo no sentido norte-sul. Dois dos veículos continuaram a circular. O terceiro teve uma pancada mais grave que, neste momento, está a ser levado por um ponto socorro”, disse ao Observador Paulo Costa.
O acidente registou-se ao quilómetro 11,5, entre o Pinhal Novo e o Montijo. A avioneta chocou contra o separador central, sendo que foram as asas que colidiram com as viaturas que circulavam nos dois sentidos. Assim, as faixas de rodagem centrais ficaram obstruídas pela aeronave e o trânsito foi cortado em duas faixas nos dois sentidos ao longo de cerca de um quilómetro. Chegaram a formar-se filas com cerca de dois quilómetros, para quem vinha de Sul para Norte.
Os responsáveis pelo tráfego aéreo vão agora analisar os pormenores do acidente e perceber o que se passou com a avioneta, que ficou com a parte da frente completamente destroçada. Serão depois estas autoridades as responsáveis por retirar o aparelho do local, em conjunto com a GNR.
Avioneta fez aterragem de emergência em autoestrada no Pinhal Novo e colide com dois automóveis https://t.co/StM4DnMVVq
— TVI Notícias (@tviultimas) June 10, 2019
Menos de 24 horas antes, avioneta caiu em Leiria
Menos de 24 horas antes, duas pessoas morreram na sequência da queda de uma avioneta no aeródromo José Ferrinho, em Leiria. O alerta foi dado aos bombeiros por volta das 17h12 de domingo.
No local chegaram a estar mais de 20 bombeiros e oito veículos, um número que foi aumentando desde que o alerta chegou aos Bombeiros de Leiria até ao fogo ter sido declarado extinto. Segundo apurou então o Observador, as duas vítima que seguiam no ultraleve eram um instrutor de pilotagem e um aluno. O instrutor era natural de Leiria e tinha 67 anos. O outro ocupante da aeronave tinha 41 anos.
Uma fonte do aeródromo afirma que a ultraleve pertence ao espólio de veículos do aeródromo. Quanto às causas do acidente, as autoridades ainda não avançaram com qualquer informação, estando já a investigar.
De acordo com o relato de um habitante da aldeia de Barosa que assistiu ao acidente, “a avioneta estava claramente descontrolada, deu pelo menos duas piruetas no ar antes de cair“.
Segundo relataram fontes no local, os destroços ficaram totalmente carbonizados, dificultando a missão de distinguir as diferentes partes da ultraleve.