O índice compósito da OCDE para Portugal manteve-se nos 98,3 pontos em abril, um mínimo de seis anos, alinhado com a desaceleração generalizada dos Estados-membros da organização.

No relatório mensal de indicadores compósitos avançados, que medem antecipadamente mudanças no ciclo económico, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) indica que o índice compósito, que assinala com antecipação inflexões no ciclo económico, para Portugal está abaixo dos 100 pontos desde setembro último e não atingia um valor tão baixo desde o início de 2013.

A OCDE continua a antecipar sinais de abrandamento económico na maior parte dos Estados membros, uma tendência que se prolonga há meses e que é particularmente acentuada na Alemanha e em Itália, e que se estende aos Estados Unidos, Japão, Canadá e conjunto da zona euro.

Dentro da zona euro, a desaceleração é identificada sobretudo na Alemanha, cujo indicador retrocedeu 0,18 pontos num mês para 99,0 pontos (abaixo da média de longo prazo, 100), e em Itália, onde o indicador desceu 0,14 pontos também para 99,0 pontos.

Para França, o indicador desceu ligeiros 0,02 pontos para 99,1, e os autores do relatório apontam para “um crescimento estável” da economia do país.

Fora da zona euro, o decréscimo é de 0,08 pontos nos Estados Unidos, para 98,9 pontos, de 0,06 no Canadá para 98,8 pontos, de 0,10 no Japão para 99,30 pontos.

Já no Reino Unido o indicador registou uma ligeira subida de 0,01 pontos para 98,6 pontos, apontando para uma “estabilização do ritmo de crescimento”, apesar das “grandes margens de erro devido à continuação da incerteza em torno do ‘Brexit'”, indica o relatório.

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O México destaca-se como um dos poucos Estados da OCDE com uma evolução positiva do indicador, como tem ocorrido há vários meses, de 0,49 pontos para 100,0 pontos, que permite supor uma aceleração do ritmo de crescimento.

Quanto às principais economias emergentes, a OCDE antecipa um crescimento “estável” na China devido aos “sinais mais positivos do setor da indústria”.

Para o Brasil, o indicador aponta para “sinais de estabilização do crescimento”, com uma descida de 0,06 pontos para 102,3 pontos, o valor absoluto mais alto dos países avaliados.